“These vagabond shoes are longing to stray, right through the very heart of it, New York, New York…”.
Essa canção do Frank Sinatra nunca fez tanto sentido para mim até eu pisar os meus pés na Big Apple. Desembarcamos no aeroporto de Newark, pegamos um trem em direção à Manhattan, soltamos em uma estação subterrânea, seguimos algumas quadras e saímos em plena Time Square.
Essa é certamente uma das maiores e melhores lembranças que irei guardar para todo sempre. NYC é uma cidade que não combina com diminutivos. Nela tudo é grande, é máximo, é intenso! Intrigante, instigante, inquieta e absoluta.
Costumo dizer que para conhecer bem um lugar, duas coisas são essenciais: um bom par de tênis e muita disposição. E em New York não fiz diferente. Saímos caminhando por entre ruas e avenidas em meio aos arranhas céus e o vai e vem frenético de automóveis e pessoas. A cada esquina, uma manifestação da arte. Seja em forma de gente, som, luz e cor, ou dos famosos arranha-céus de Wall Streat, exibidos para o mundo ver, bem ali às margens do Rio Hudson.
E por falar nele, não deixe de pegar a balsa e ir conferir de perto a emblemática Estátua da Liberdade, projetada pelo francês Frederic Auguste Bartholdi e presenteada pelo seu país aos EUA. Lá na Ilha da Liberdade, também estão as esculturas do próprio Frederic Auguste, e de seus colaboradores, a exemplo do engenheiro Alexandre Gustave Eiffel, criador da Torre Eiffel.
Mas voltando à Manhattan, não posso deixar de citar a Broadway e sua infinita oferta de bares, restaurantes lojas, teatros e seus shows de luzes e artes à céu aberto. O imperioso Rockefeller Center, composto por 19 prédios projetados pelo arquiteto Raymond Hood ao estilo Art Déco, onde também estão a estátua dourada do Prometheus, em bronze do Atlas e o observatório Top of the Rock, de onde, ao topo do seu septuagésimo andar é possível ter uma visão 360° de NYC.
Para quem sofre por medo de altura, a boa notícia, – por terra, a visão também impressiona. O Word Trade Center Memorial, construído em lugar das ruínas das torres gêmeas, após os ataques do 11 de Setembro, abriga duas enormes “piscinas” quadradas com 30 metros de profundidade, cercada por muito verde.
Na borda estão gravados os nomes das cerca de três mil vítimas envolvidas no atentado. A energia é forte, e os espelhos d’água junto ao barulho da água caindo nos convida à um silêncio profundo, em plena cidade que “nunca dorme”. No museu, também de construção subterrânea, com aproximadamente 21 metros abaixo do solo é possível conferir um pouco da história do WTC, e do atentado, mas fatalmente sua atenção será atraída para a Estação Oculus. Uma construção suntuosa, de estrutura metálica que faz lembrar “costelas”. Trata-se da estação de metrô do World Trade Center, que ainda abriga parte do Westfield World Trade Center.
A dica que não posso deixar de dar é – separe um dia inteirinho para explorar o tão sonhado, amado e aclamado Central Park. Eu diria que é uma cidade a parte dentro de NYC. Lá você consegue alugar de bike até carruagem. E vale a pena! Outro ponto imperdível é a Brooklin Bridge. Atravessar a pé, e aproveitar para passear pelo Domino Park, em Williamsburg. Aliás, aqui vai outra dica: hospede-se no Brooklyn! Poder ir e voltar para Manhathan de trem é uma das melhores partes do passeio.
A vista a noite é de inebriar. E o Brooklyn, é um capítulo a parte da história! Não saia de lá sem experimentar um bagel (rosca), a oferta de cafeterias é enorme, e dessas e outras delícias então, não se fala. Se bater aquela fome, não hesite em degustar um kebab ou gyros vendidos nos trailers espalhados pelas ruas de New York, são de comer rezando. E já que estamos falando em gastronomia, você pode ir aos bons restaurantes glamorosos do Soho ou ao badalado Chelsea Market, um mercado gastronômico pra lá de descolado instalado na antiga fábrica da Nabisco, criadora dos queridinhos biscoitos Oreo. Demais, enjoy!