O Ano Novo é um momento de celebração, e toda celebração pede um bom espumante. Gelado, saboroso e refrescante, além do teor alcoólico, a bebida também pode representar uma ameaça para os diabéticos e/ ou pessoas em dietas com restrição de açucares, já que pode variar entre três a 80 gramas de açúcar por litro. Para se ter uma ideia, uma lata de refrigerante de 350 ml tem 37 gramas de açúcar, o que equivale a sete colheres e meia de chá (5 gramas cada).
Para ajudar a entender quais as diferenças entre os diferentes tipos de vinhos espumantes, suas principais características e a respectiva proporção de açúcar por litro, o Vida & Tal selecionou as dicas do Enólogo e Embaixador da Famiglia Valduga, Lucas Simões.
Espumante nature
É o espumante mais seco, com açúcar residual de 3 gramas por litro. Esse teor é obtido com a exclusão do licor de expedição do processo, daí seu nome nature, indicando que o espumante está “ao natural”, sem intervenção alguma. Por isso, a qualidade do vinho base e das uvas ganha um realce particular nesses espumantes, geralmente produzidos com Pinot Noir e Chardonnay, conferindo ao espumante nature um perfil de sabor único.
Espumante extra brut
Com concentrações de açúcar variando entre 3,1 e 8 gramas por litro, são considerados ainda espumantes bastante secos. São bebidas de sabor complexo e marcante, que costumam apresentar acidez pronunciada. Acompanham bem lagostas, ostras, queijos de maturação média e massas com molhos brancos e de queijo.
Espumante brut
O espumante brut apresenta concentração de açúcar entre 8,1 e 15 gramas por litro. Costuma apresentar um final ainda seco, porém bem versátil que o extra brut. É também o espumante seco mais comum nas prateleiras, e o mais recomendado para quem gosta de vinhos menos doces. Em caso de dúvidas em relação a harmonização, sempre escolha um Brut.
Espumante sec ou seco
Apresentando entre 15,1 e 20 gramas de açúcar residual por litro, apesar do nome, o espumante tipo seco apresenta um perfil de sabor muito equilibrado e com doçura moderada. Leve de beber e com uma acidez suave e agradável, é o espumante mais indicado para quem está começando a experimentar e exercitar o paladar. Acompanha bem canapés e aperitivos em geral, porém é o produto menos produzido em comparação com as outras nomenclaturas.
Espumante demi-sec
Também chamado meio seco, o demi-sec apresenta uma amplitude grande de teor de açúcar: entre 20,1 e 60 gramas por litro. Essa grande variação faz com que o perfil de doçura desse tipo de espumante varie bastante entre os rótulos, só podendo ser avaliado depois de aberto.
Indicado para quem não gosta de espumantes secos, mas também quer evitar os mais doces, como Moscatel, é um dos tipos de espumante mais consumidos no Brasil. Harmoniza bem com molhos leves, frutos do mar e queijos cremosos.
Espumante doce
Sendo o tipo mais doce, esse espumante deve conter uma concentração de açúcar superior a 60 gramas por litro, o que lhe confere um dulçor facilmente perceptível. O Moscatel é uma excelente pedida para aqueles que querem experimentar um espumante mais doce. Acompanha bem sobremesas em geral, tortas doces, frutas e fondues de chocolate.
Um bom espumante deve ser servido em temperaturas baixas, preferencialmente entre 6°C e 8°C. Rótulos com mais corpo e mais complexos podem ser oferecidos em temperaturas um pouco maiores, aproximadamente entre 9°C e 13°C.
Uma boa opção para resfriar a bebida é inserindo a garrafa em um recipiente com gelo, entre 15 e 20 minutos. Também é possível deixar o espumante de 1 a 2 horas no refrigerador antes de servir.
Redação Vida & Tal
Fonte: Famiglia Valduga