Em meio à retração na economia brasileira, a indústria de agrotóxicos não perdeu fôlego. Somente no ano passado foram liberados 475 novos produtos no país. Desde o início da pandemia, em março de 2020, 118 novos produtos foram aprovados para uso pelo Governo Federal, sendo 84 destinados para agricultores e 34 para a indústria.
Isso aconteceu porque produção de pesticidas foi considerada atividade essencial graças à Medida Provisória 926 e ao Decreto 10.282, ambos de 20 de março. O governo ainda confirmou que o processo de avaliação e aprovação de novos produtos não devem ser interrompidos tão cedo, cabendo a população redobrar os cuidados na hora de escolher verduras, frutas e vegetais.
Uma lista divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indicou que pimentão, morango, alface, pepino, abacaxi, cenoura, uva, mamão e tomate são os alimentos com maior nível de contaminação por agrotóxicos no Brasil. Higienizar alimentos em água corrente, retirar a casca ou deixá-los de molho uma colher de água sanitária são alguns dos cuidados que devemos ter quando é impossível adquirir frutas, verduras e legumes provenientes da produção orgânica.
Violeta Stoltenborg, responsável pela Comunicação do sítio A Boa Terra, um dos pioneiros na agricultura orgânica no Brasil, explica que devemos levar em consideração a realidade socioeconômica do país e adaptar o consumo.
“Comprar de pequenos agricultores orgânicos é uma das formas de minimizar o impacto dos agrotóxicos na saúde da população. O uso de adubos químicos, fertilizantes e outros componentes podem causar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, neurológicos e de fertilidade. É preciso ter cuidado redobrado, ainda mais no momento atual com epidemias de doenças causadas por vírus e bactérias cada vez mais agressivos”, analisa Violeta.
Importante comentar que além de atletas, esportistas e adeptos da vida saudável que aderem a uma dieta rica em vegetais, gestantes, crianças e idosos são os grupos que devem ter o maior cuidado com a alimentação, uma vez que a ingestão diária de alimentos com agrotóxico pode provocar alterações metabólicas, imunológicas e hormonais.
Redação Vida & Tal
Fonte: Visar Planejamento