Segundo informações do Google, de janeiro a agosto de 2020, as buscas por maquiagem, skincare e cuidados para pele negra aumentaram 60%, ou 2,3 vezes mais em relação ao crescimento médio das pesquisas por produtos na categoria “Beleza e Cuidados Pessoais”. No entanto, apesar de estarmos em um período em que contamos com muita informação disponível no mundo da Internet, manter os cuidados com a pele negra nem sempre é uma tarefa fácil. Isso porque, apesar do avanço na informação, existem diversas dúvidas que permeiam esse assunto.
Atenta às inquietações e ao aumento da procura por tratamentos estéticos, a médica dermatologista Marília Acioli, elucida alguns questionamentos e faz alerta acerca dos cuidados específicos da pele independente da estação do ano. A especialista explica que como primeiro ponto, é importante entender que a pele negra tem mais proteção natural por causa da melanina que faz com que a pele não seja tão predisposta a queimaduras solares. No entanto, o uso de protetor solar não pode ser descartado para evitar possíveis manchas.
“Apesar da melanina agir como uma barreira reduzindo as ações dos raios solares, como um antioxidante, combatendo os radicais livres e diminuindo os sinais de envelhecimento, a abundância da produção dessa proteína facilita o surgimento de manchas na pele”, conta.
A médica afirma que as doenças encontradas com maior frequência na pele negra são melasma, dermatite seborreica na face e no couro cabeludo, além da dermatose papulosa nigra (verrugas escuras) que geralmente ficam nas pálpebras e laterais do rosto. Marília alerta que embora a pele negra tenha uma incidência menor a desenvolver o câncer de pele, existem outros fatores que podem afetar a pele.
Por isso, precisa-se tomar cuidado com cosméticos e tratamentos agressivos à pele negra que provoquem inflamações mais profundas e posteriormente causem manchas”, orienta.
Em relação aos tratamentos estéticos que podem ser feitos, a dermatologista destaca que todos os procedimentos podem ser realizados. “Antes de tudo, o importante é fazer com um especialista com experiência e que saiba quais são as medidas a serem tomadas para este tipo de pele. Então, a utilização de botox, realização de preenchimentos, bioestimuladores e fios de sustentação podem ser realizados”, salienta.
Outro assunto abordado é sobre o envelhecimento. Neste aspecto, a especialista afirma que, de fato a pele negra demora mais para apresentar os sinais do tempo e isso tem uma explicação. “A maior produção de colágeno e elastina garante uma pele mais firme, elástica e com menos tendência a linhas de expressão, vincos profundos e flacidez”, frisa.
Apesar dos benefícios naturais da pele negra, a dermatologista desperta atenção para que haja um envelhecimento com mais qualidade. “O uso de bioestimuladores, aplicação de botox, o uso de filtros solares adequados e visita a um profissional para orientações específicas poderão potencializar o que a melanina faz naturalmente”, complementa.
A especialista em pele negra ainda ressalta que é de suma importância que os dermatologistas, de forma geral, se atentem para buscar mais conhecimento sobre o tema, pois é importante saber lidar com as particularidades da pele negra, principalmente para quem faz indicação de produtos e tratamentos. “Então, estudar e buscar conhecimento podem evitar situações desagradáveis e catastróficas na pele do paciente”, finaliza.
Redação Vida & Tal
Fonte: Criativos Imprensa.