Roxa, verde. Com caroço, sem caroço. Grande ou “miúda”. Além de saborosas e versáteis, as uvas também trazem benefícios para a saúde. O cultivo da fruta largamente utilizada para fabricação de sucos e vinhos, teve início no Oriente Médio, acredita-se que a cerca de 8 mil anos atrás. Já no Brasil, o fruto da videira começou a ganhar novos solos em 1535, em São Paulo, com os portugueses.
“É uma ótima opção de lanche da manhã ou da tarde, evitando os alimentos industrializados. Isso por que é rica em glicose e frutose, o que garante bastante energia. Apesar de ser bem doce, a uva pode ser consumida por diabéticos, com moderação, pois suas fibras evitam picos de glicemia no sangue”, explica a nutricionista Vanessa Maniezo, das Instituições Afiliadas da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).
A uva ainda possui vitamina C, vitaminas do complexo B, ferro, cálcio e potássio. Ainda de acordo com a nutricionista, o cacho de uvas lembra um pouco o formato do coração humano, e coincidência ou não, a fruta é conhecida por proteger o órgão. “Rica em antioxidantes, a uva possui uma substância muito importante chamada revesratrol, que ajuda a prevenir doenças do sistema cardiovascular. Os antioxidantes ajudam na redução do processo de oxidação do colesterol ruim, o LDL, diminuindo assim o risco de aterosclerose”, explica a nutricionista.
Além de regular os níveis de colesterol, a uva ajuda a regular a pressão arterial, reduzir as concentrações de agentes oxidantes, melhorar a vasodilatação, regular a agregação de plaquetas, prevenindo trombose, melhorar inflamação e reduzir os riscos de ataque cardíaco.
Devido a sua alta concentração de antioxidantes, a uva também é considerada uma fruta anticancerígena, principalmente por conta do revesratrol. “Por combater os radicais livres, os antioxidantes presentes na uva também diminuem o envelhecimento precoce”, lembra Vanessa.
E os benefícios do revesratrol não param por aí. Estudos mostram que a substância também pode proteger contra doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
“As uvas roxas, por conterem uma boa quantidade fibras, evitam a constipação e a prisão de ventre”, destaca a especialista. Elas possuem ainda propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, ajudando a fortalecer o sistema imunológico.
Alguns dos tipos mais conhecidos são Nacional, Itália, Cabernet Sauvignon, que serve de matéria prima para muitos vinhos tintos franceses, Merlot, Niágara Rosada, a mais consumida no Brasil, Thompson e Chardonnay. Elas podem ser consumidas de diversas formas, seja in natura, em forma de sucos, geleias ou vinho. Tudo, é claro, com moderação.
Na hora de conservar, a dica da nutricionista é guardá-las na geladeira assim que chegar em casa e lavá-las somente na hora de consumir. Vale lembrar que todos esses benefícios também estão presentes na casca.
Uva Passa
Amada por uns e odiada por outros, a uva passa está sempre marcando presença nas festas de final de ano. O clássico arroz com uvas passas agrada e desagrada paladares, mas acredite: a uva passa é poderosa quando o assunto é benefício para a saúde.
A uva passa nada mais é do que a uva comum desidratada e, exatamente por isso, os nutrientes ficam mais concentrados. Ela traz ainda alguns outros benefícios, até para a saúde bucal. “A uva passa contém uma substância chamada ácido oleanólico, que protege contra cáries e impede o crescimento de bactérias que podem causar gengivite e outras doenças”, explica Vanessa Maniezo.
Também são fonte de cálcio e têm um micronutriente chamado boro, que auxilia na absorção do cálcio, o que é ótimo para os ossos. Elas são bem doces, mas isso não quer dizer que você deve ficar longe. Podem ser uma ótima opção de sobremesa e ainda dão energia. É só não abusar, lembra a especialista.
Redação Vida & Tal
Fonte: Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM)/ Wikipédia.