A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou novas diretrizes e um manual operacional inédito sobre testes para o diagnóstico de infecção por tuberculose. Pela primeira vez, existem recomendações sobre uma nova classe de testes cutâneos baseados em antígenos de Mycobacterium tuberculosis, bactéria causadora da maior parte de casos de tuberculose, e consolida as recomendações existentes para o diagnóstico da infecção.
Indústria e novas pesquisas
A diretora do programa global de tuberculose da OMS, Tereza Kasaeva, afirma que as opções de diagnóstico estão aumentando graças ao envolvimento da indústria e novas pesquisas.
Ela conta que garantir que todos os pacientes possam obter um diagnóstico rápido e correto é de fundamental importância para prevenir e eliminar a tuberculose.
A tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa pelo ar e os sintomas mais comuns como tosse, febre, sudorese noturna ou perda de peso, podem ser leves por muitos meses. A OMS alerta que isso pode levar a atrasos na procura de atendimento e resulta na transmissão da bactéria para outras pessoas.
Segundo a OMS, a testagem aumenta a probabilidade de acesso ao tratamento preventivo. As diretrizes consolidadas são acompanhadas por um manual operacional que fornece aos profissionais de laboratório, médicos, Ministérios da Saúde e parceiros técnicos orientações detalhadas sobre como implementar as recomendações.
O documento descreve os testes recomendados pela OMS e seus procedimentos, além de prover um algoritmo modelo e as etapas necessárias para aumentar as testagens de infecção por tuberculose dentro de um programa de saúde.
Sobre a doença
Segundo a OMS, um total de 1,5 milhão de pessoas morreram de tuberculose em 2020, incluindo 214 mil pessoas com HIV. Em todo o mundo, a tuberculose é a 13ª principal causa de morte e a segunda principal causa de morte infecciosa depois da Covid-19.
Em 2020, a agência da saúde da ONU estimou que 10 milhões de pessoas adoeceram com tuberculose em todo o mundo, mas destaca que a doença é curável e evitável.
Dados da OMS indicam que, pelo menos 66 milhões de vidas foram salvas por meio do diagnóstico e tratamento entre 2000 e 2020. Erradicar a infecção até 2030 é uma das metas de saúde dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, das Nações Unidas.
Redação Vida & Tal
Fonte: ONU News.