Em meados do século XVIII, o médico francês Pierre Fauchard criou o primeiro aparelho ortodôntico da história. A invenção era feita de metal duro, com uma tira extensora que expandia a arcada dentária para acomodar todos os dentes, dando origem à expressão “freio de burro”.
Com o passar do tempo, os aparelhos se transformaram, dando origem a modelos mais modernos e personalizados. No mercado, existem hoje diversos modelos, que variam entre tamanhos e cores diferentes, porém todos com a mesma função: corrigir ou prevenir disfunções na arcada dentária como problemas relacionados a má oclusão dental (quando os dentes não fecham corretamente).
Segundo Edmilson Pelarigo, diretor clínico da OrthoDontic, maior rede de ortodontia do Brasil, o que define o tipo de aparelho a ser adotado é o problema detectado no paciente – outras variáveis são idade, finalidade e custo apropriado para cada perfil.
Conheça os seis tipos de aparelhos dentários mais utilizados.
1- Aparelho tradicional
Este é o tipo de aparelho mais conhecido e utilizado pelos pacientes. As bandas são fixadas nos molares por um cimento especial, e os tubos são soldados às bandas. Juntos, as bandas e tubos têm a função de sustentação dos fios e bráquetes para a movimentação dentária, garantindo movimentos precisos dos dentes e exigindo um cuidado maior na higienização para evitar o acúmulo de bactérias. O modelo exige manutenção periódica, pelo menos uma vez ao mês.
2- Aparelho fixo estético
É uma ótima opção para quem quer algo mais discreto. O modelo tem a mesma função e desempenho do aparelho fixo tradicional, mas não tem a aparência metálica devido aos bráquetes serem de cor próxima à dos dentes. A única restrição para o uso é de que se evite o consumo de alimentos muito pigmentados, pois os pigmentos podem se depositar sobre os bráquetes e manchá-los.
3- Aparelho auto ligado
Tem a mesma função que o modelo tradicional e estético, mas os bráquetes são menores, com formas mais arredondadas e eliminam o uso das borrachinhas (ligaduras elásticas) ao redor dos bráquetes. Entre as vantagens, o paciente tem um tratamento mais rápido e sente menos desconforto, diminuindo os machucados nas bochechas e lábios. Também reduz o risco de cáries, gengivite e mau hálito.
4- Aparelho móveis
Os aparelhos móveis são muito eficazes para crianças, por elas ainda estarem em fase de crescimento. Por ser removível, o modelo pode ser encaixado e retirado dos dentes de acordo com a vontade do paciente. Portanto, para que o tratamento dê certo é necessário que ele colabore durante todo processo. O modelo também é indicado após a retirada do aparelho fixo, na fase de contenção, para evitar que os dentes entortem novamente.
5- Aparelho extrabucal
Conhecido também como “freio de burro”, tem sua indicação para casos bem específicos. Para movimentar os dentes e ossos maxilares, o dentista irá direcioná-los na forma correta, indo das regiões cervicais (pescoço), occipital (região na altura das orelhas, altura média da face) ou parietal (alto da cabeça). Assim como os outros aparelhos, o sucesso do tratamento depende muito da colaboração do paciente.
6- Expansor palatino
É utilizado para uma função muito específica: quando há a necessidade de aumentar a largura do palato (céu da boca) para corrigir a mordida dos dentes posteriores. Sua eficiência é maior em pacientes que ainda estão em fase de crescimento. Os adultos não respondem bem a esse aparelho, tendo de recorrer à cirurgia ortognática, onde o alargamento do céu da boca é feito cirurgicamente.
7- Alinhador invisível
Além de apresentar a mesma função do aparelho fixo, ele pode ser removido, oferecendo assim mais conforto para o paciente retirar ele durante as refeições e para fazer a limpeza. O alinhador transparente tem a vantagem de não aparecer no sorriso, porque é quase invisível.
Se você tem dúvida se precisa utilizar aparelho, procure um dentista especializado e agende uma consulta. As visitas regulares ao dentista possibilitam que se evite complicações e se realizem tratamentos preventivos.
Redação Vida & Tal