Nas prateleiras de mercados e farmácias há sempre uma grande variedade de produtos para cuidar da saúde íntima feminina. Sabonetes, gels, lenços umedecidos e até mesmo perfumes, como o recém-lançado pela cantora Anitta, ocupam o espaço e chamam a atenção das mulheres.
No entanto, quando o assunto é saúde da região íntima, é preciso ter atenção no uso desses produtos e nos cuidados diários para evitar problemas como infecções e alergias.
Segundo a “Cartilha da Mulher” elaborada pela Marinha do Brasil, as recomendações para manter a região íntima feminina saudável é ter atenção às peças de roupas utilizadas no dia a dia, aos produtos de higiene e manter a regularidade no consultório de ginecologia, assim como na realização de exames de rotina.
Atenção às roupas íntimas e de moda praia
Durante o verão, a saúde íntima acaba sendo negligenciada pelas mulheres. Algumas ações, mesmo que pareçam inofensivas, podem prejudicar e trazer problemas à saúde.
Segundo um artigo publicado no site da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o hábito de ficar muito tempo com o biquíni ou maiô molhado pode resultar na proliferação de fungos e bactérias na região íntima.
A recomendação da universidade é que, após os banhos no mar ou piscina, as peças de moda praia sejam trocadas por outras que estejam secas. Além disso, deve-se manter a atenção para a presença abundante de areia no biquini.
Peças apertadas podem trazer problemas à região
No dia a dia, a escolha das roupas também pode gerar prejuízos. O uso de peças como calças, bermudas e calcinhas muito apertadas não são recomendadas por portais ligados à saúde.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Distrito Federal, roupas de números menores podem prejudicar a respirabilidade da região, além de causar alergias com o atrito do tecido na pele. A recomendação é optar por peças no tamanho ideal ou mais largas tendem a permitir uma melhor transpiração.
Saiba como higienizar as roupas íntimas
Ainda em relação às peças de roupa, a higienização das mesmas também deve ser levada a sério. Uma das recomendações da cartilha divulgada pela Marinha é o uso de sabão neutro para lavar as peças íntimas, ou seja, aquelas que possuem contato direto com a genital feminina.
No momento da secagem, é importante deixar que as calcinhas sequem em locais arejados. Ambientes úmidos como o banheiro, por exemplo, podem facilitar a presença de organismos indesejados como fungos e bactérias.
Mantenha a manutenção do absorvente no período menstrual
Durante o período menstrual, o cuidado deve ser ainda maior. Segundo a Faculdade de Medicina da UFMG, tanto o absorvente interno quanto o externo, devem ser trocados com frequência, sempre que houver necessidade.
Além disso, a universidade ressalta a importância de utilizar esses itens apenas durante a menstruação. O uso frequente dos absorventes podem aumentar o calor na região, favorecendo o aparecimento de infecções.
Conheça as recomendações sobre os produtos de higiene íntima
A higiene íntima é um aspecto importante e os produtos utilizados devem ser escolhidos com cautela. Segundo ao “Guia de Higiene Feminina” elaborado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, produtos com muita detergência, propriedade que provoca a espuma, pode comprometer o pH natural da região.
O uso frequente desses itens, segundo o órgão, pode provocar ressecamento vulvar com desencadeamento de prurido. De acordo com o “Manual de Orientação à Saúde da Mulher” realizado pela Universidade Federal da Bahia, o ideal é utilizar sabonetes neutros e lavar a região com cuidado para evitar irritações.
Demais produtos como hidratantes e perfumes, por exemplo, devem ser aprovados pela Anvisa e pela ginecologista da paciente.
Se atente aos exames de rotina
Para garantir o bem-estar da região íntima, é importante manter a frequência no médico e nos exames de rotina. Segundo a cartilha da Marinha do Brasil, caso haja o surgimento de alguma disfunção a paciente deve se dirigir ao consultório de ginecologia.
Além disso, o documento recomenda que a periodicidade no médico e a realização deve ser anual, podendo ser mais frequente caso haja necessidade.