O uso de máscaras para evitar o contágio pelo novo coronavírus tornou-se uma necessidade em escala global. No Brasil, uma pesquisa do Instituto Datafolha revela que nove em cada dez entrevistados afirmam utilizar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) quando estão fora de casa. Embora o uso da máscara seja imprescindível para a segurança individual e coletiva, relatos sobre o aumento de acnes na pele dispararam.
O instalador de placas solares Talison de Melo, declara que além de usar capacete e face shield durante o trabalho, a pandemia trouxe o adendo das máscaras, contribuindo para o aumento da oleosidade na pele, e consequentemente o surgimento de acnes na região nasal. “O número de cravos no meu nariz aumentou bastante durante a pandemia, chegando até a arder quando passo o dedo”, relata.
Segundo levantamento publicado pela American Academy of Dermatology,. Conforme o estudo, 83% dos profissionais da saúde entrevistados que atuaram em Hubei, na China, relataram o aparecimento de acnes no rosto. O fenômeno dermatológico, intitulado “mascne”, tem chamado a atenção por explicar a inflamação da pele devido ao uso constante das máscaras.
“Um dos problemas que vem sendo bastante enfatizado nessa época de pandemia é o aparecimento de acnes e outras doenças inflamatórias de pele, como a rosácea, ambas devido ao uso da máscara e outros fatores correlacionados como alterações emocionais e hormonais. Esse tipo de doença tem surgido em função do abafamento da região e pelo mau uso do equipamento, gerando certos tipos de irritação na pele, além do aumento da oleosidade da região. Esse fenômeno pode ser amenizado com hábitos corretos e cuidados na hora de higienizar as máscaras”, explica o especialista em Biomedicina Estética e palestrante internacional, Vinicius Said.
O especialista destaca ainda que as áreas de nariz e boca já são contaminadas por bactérias que colonizam a região, embora algumas não se enquadrem na categoria de ‘patogênicas’.
“Uma das bactérias mais frequentes são as do gênero Staphylococcus, como por exemplo, a Staphylococcus epidermidis e às vezes, em alguns casos, a Staphylococcus aureus aparece na região”, afirma.
Segundo Vinicius, o processo inflamatório da pele é fruto da má higienização da região atrelada ao uso inadequado das máscaras, o que colabora para as irritações e o aparecimento de cravos e espinhas. Confira a dica do profissional para saber como amenizar o processo inflamatório da pele:
Use sabonete específico para o tipo de pele – Antes de tudo, identifique o tipo da pele para adquirir o sabonete ideal. Se a pele for oleosa, sabonetes a base de ácido glicólico ou salicílico são algumas das alternativas oferecidas pelo mercado, contudo, sempre analise a concentração para não irritar ou manchar a pele. Outra dica, caso não tenha um sabonete prescrito por um profissional, é lavar o rosto com sabonete neutro.
Água termal e hidratantes – Além da higienização com o sabonete específico, faça o uso de água termal e hidratantes na região da face para minimizar a irritabilidade. Existe casos também de pacientes que desenvolveram rosácea, portanto, cremes à base de Rosa Mosqueta ou mais calmantes, como Baume, ajudam a melhorar o aspecto da face.
Troque a máscara corretamente – Se for feito o uso das máscaras descartáveis, é preciso lembrar da troca do equipamento. É importante trocar em um período máximo de 3 a 4h. Para pacientes que usam máscara de pano, esses equipamentos devem ser lavados e substituídos para evitar a contaminação.
Use filtro solar – Indispensável, o filtro solar cria uma proteção na pele, ajudando a proteger tanto dos raios ultravioleta (UV), como auxiliam a hidratação da região, em virtude dos ativos presentes em sua composição. Quanto mais hidratada a pele estiver, menos irritada e suscetível a inflamações ela vai ficar.
Redação Vida & Tal
Fonte: Criativos Imprensa