Você está lendo esse texto no celular? Se sim, um pedido: observe a posição em que está o seu corpo. A tendência é que sua cabeça esteja inclinada para frente, o que faz com que o peso dela sobre pescoço, ombros e coluna aumente, ampliando também a força necessária para que ela seja sustentada. Com o tempo, o corpo “cede” a essa pressão, o que impacta nossa saúde.
“O uso prolongado do celular pode prejudicar a postura devido à posição inadequada do corpo”, afirma o profissional de educação física e influenciador Aurélio Alfieri.
“Quando usamos excessivamente os celulares, estamos expostos a uma série de problemas de saúde, incluindo dores de cabeça, tensão muscular, dor no pescoço e nas costas, fadiga ocular e problemas de sono. A longo prazo, o hábito pode levar a problemas de saúde graves, como desvios na coluna vertebral e hérnia de disco”, completa.
Entre as consequências deste mau hábito está o “pescoço de texto” (text neck), uma lesão por esforço repetitivo que se origina a partir da curvatura do pescoço por longos períodos, assim como a síndrome do túnel do carpo, que causa dor e formigamento na mão e nos dedos a partir da compressão de um nervo das mãos.
O impacto é ainda maior para quem tem uma vida sedentária. Isso porque, além de ampliar o risco de doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, doenças ósseas e problemas de saúde mental, o sedentarismo aumenta a tensão muscular e a fadiga.
“Combinado com o uso prolongado do celular, o sedentarismo pode agravar os problemas de postura e aumentar o risco de lesões e dores no corpo. Por isso, é importante equilibrar o tempo de uso do celular com atividades físicas regulares e uma postura adequada”, diz Alfieri.
Minimizando os impactos
Conciliar o uso do celular com a saúde física é possível, mas depende de estabelecer algumas “normas” para o hábito.
“É importante fazer pausas regulares e alongar o corpo. Também é recomendado manter uma postura adequada ao usar o celular, mantendo as costas retas e a cabeça erguida, e limitar o tempo do uso do equipamento e intercalá-lo com outras atividades, como ler ou caminhar, para descansar o corpo”, orienta Alfieri.
Optar por uma vida ativa, com a prática regular de exercícios físicos, também contribui para reduzir os efeitos, principalmente devido ao fortalecimento muscular e do alívio da tensão gerado a partir da movimentação do corpo.
Redação Vida & Tal