Um levantamento da Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse Brasil (ISMA-BR) apontou que 70% da população brasileira apresenta algum sinal de estresse. Preocupações do dia-a-dia relacionadas ao trabalho, faculdade, escola ou família podem gerar consequências muito graves para o corpo humano, incluindo os olhos.
Indivíduos que são submetidos a situações de estresse elevados, podem ter sua visão afetada de várias formas, ao ponto de causar sintomas como coceira, dores de cabeça, visão turva, tremor nas pálpebras, derrame ocular dentre outros.
Segundo a médica oftalmologista do Núcleo de Oftalmologia, Danielle Costa, se manifestado de forma elevada, o estresse pode afetar a visão de uma forma ainda mais profunda.
“Em alguns casos extremos, a sobrecarga emocional pode afetar a retina, estrutura neurológica situada interiormente no globo ocular responsável pela recepção de luz e formação de imagens em alta definição, induzindo o aparecimento de uma doença chamada Coriorretinopatia Serosa Central ou simplesmente Serosa Central”, aponta Costa.
Conhecido como hormônio do estresse, o cortisol é responsável, dentre outras, pela ativação do corpo para dar respostas rápidas em situação de emergência. Passada a situação de perigo, todo o corpo volta à sua normalidade.
Entretanto, a sensação constante de alerta, típica dos indivíduos estressados, faz com que os vasos sanguíneos, presentes na região posterior à retina, se dilatem promovendo vazamento de líquido. Este, por sua vez, gerará “bolhas” que acabam por elevar as camadas da retina e provocar o descolamento da mesma, exatamente onde se encontra a mácula, ou seja, na região central.
A Serosa Central geralmente ocorre em homens entre 20 e 50 anos e se manifesta com perda ou distorção súbita da visão central. Outras queixas comuns incluem micropsia (ver os objetos menores do que são) e/ou uma mancha na visão central.
O tratamento desta alteração ocular deve ser orientado apenas por um médico oftalmologista. A ida regular a um consultório deste profissional é primordial para a manutenção e prevenção de sintomas como esses, de acordo com a especialista.
“O ideal é que haja um equilíbrio na saúde emocional associado à prevenção na saúde ocular para que situações como essas não ocorram”, aconselha.
Redação Vida & Tal