Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas, sendo 650 milhões adultos, 340 milhões adolescentes e 39 milhões crianças, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação é crítica. Somente no Brasil, 41 milhões de pessoas são obesas. Estima-se que, até 2030, 30% da população adulta esteja acima do peso.
Com o intuito de conscientizar os cidadãos a respeito da importância da prevenção e contenção do avanço da doença crônica multifatorial progressiva, bem como mudar perspectivas, corrigir equívocos e acabar com estigmas e preconceitos, diversas ações alusivas ao Dia Mundial da Obesidade, celebrado no próximo dia 04, tem sido realizadas em todo mundo ao longo desta semana.
A obesidade é uma condição identificada pelo excesso de gordura no corpo, que pode levar a uma série de problemas de saúde, como diabetes, doenças cardíacas e hipertensão arterial. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de diagnósticos triplicou no Brasil desde 1975, com um aumento de quase cinco vezes entre crianças e adolescentes. O consumo excessivo de açúcar, gorduras saturadas, processados e ultraprocessados, são os principais fatores para o crescimento.
O empresário e CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, Alex Araujo, explica que o consumo excessivo de alimentos calóricos está diretamente ligado com distúrbios emocionais e psicológicos.
“A relação entre depressão e obesidade é bidirecional, ou seja, o sobrepeso e a obesidade podem aumentar a probabilidade de depressão, assim como as pessoas com sobrepeso terão maior propensão à depressão”.
Um estudo publicado na revista JAMA Psychatry, verificou que é crescente o número de pessoas deprimidas que também apresentam problemas metabólicos, como diabetes tipo 2 ou excesso de peso. Os pesquisadores analisaram as variações na sequência de genes de pessoas com TDM (Transtorno Depressivo Maior) e obesidade, em busca de semelhanças. No texto, é destacado que, os sintomas estão relacionados, diretamente, ao equilíbrio energético, incluindo distúrbios de peso, apetite e sono – cerca de 15% dos entrevistados com TDM relataram aumento do apetite e também do peso quando deprimidos.
“Através da empatia, de conversas importantes e histórias reais, podemos ajudar as pessoas a reconhecer as várias raízes e dimensões da obesidade e inspirá-las a tomar medidas eficazes com o intuito de preservar a sua qualidade de vida e saúde”, diz Araujo.
12 anos atrás, o empresário foi diagnosticado com diabetes tipo 2, desencadeada pelo estresse do trabalho, excesso de metas e pelo descontrole alimentar. Foi um período que sua glicemia chegou a 600 e teve que ser internado durante três dias. Araujo conta que foi a partir dos exames de rotina que descobriu a doença. Foi um momento de descobrimento sobre o funcionamento do seu corpo e dos seus limites. A partir do diagnóstico, ele mudou sua relação alimentar e incorporou hábitos saudáveis na rotina.
O empresário reforça que no quesito ocupacional, a disponibilização de exames clínicos, consultas médicas e palestras sobre nutrição, como o acompanhamento e a fiscalização por parte de especialistas em saúde e segurança do trabalho são fundamentais para o diagnóstico precoce e para a própria qualidade de vida na rotina de trabalho, o que impede complicações maiores e providencia maior conforto para o grupo de risco.
“Assegurar cadeiras ergonômicas próprias para o sobrepeso e ambientes pensados para esse tipo de corpo demonstram preocupação com o bem-estar de todos. É importante que a companhia analise a situação de forma empática, demonstrando apoio para aqueles que sofrem com a enfermidade. Os exames são um dos fatores de apoio, não podemos esquecer do apoio emocional, do “ombro amigo” por assim dizer. Essas pessoas são humanas e a obesidade ainda é vista como algo negativo pela sociedade. Dê apoio para o seu funcionário!”, finaliza o empresário.
Redação Vida & Tal