Com o intuito de manter a comunidade gímnica motivada durante o período de pandemia, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) passou a oferecer aulas virtuais de balé para ginastas, via Zoom. O curso dividido em três módulos já atingiu a marca de seis mil acessos.
O primeiro módulo “Técnicas do Ballet Clássico para Ginástica”, formatado com foco nas categorias pré-infantil e infantil de todas as modalidades gímnicas, reuniu mil pessoas por meio da plataforma digital. A missão de difundir os conhecimentos da dança clássica ficou a cargo da bailarina e ex-ginasta Bruna Martins, professora de balé e auxiliar técnica da treinadora da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica (GR), Camila Ferezin.
“Nossa comunidade entendeu a importância de conhecer a essência do balé, e está muito interessada nele. Eu me sinto honrada por ter recebido da CBG a missão de disseminar essas técnicas”, declara Bruna.
Segundo a professora, uma base sólida na dança tem peso determinante na formação de uma atleta de GR e essa evidência pode ser verificada em outros lugares importantes do mundo como Rússia, Bulgária e Israel.
“Todos esses países têm um profissional de balé exercendo um trabalho junto à comissão técnica. Promovem treinos diários de balé, de 90 minutos, e é fácil de entender a razão: o código de pontuação está embasado na técnica clássica”, afirma.
A receptividade por parte de ginastas, treinadores e árbitros também favoreceu o treinamento das atletas da Ginástica Artística durante as oito semanas de atividades em Sangalhos, Portugal.
“Essa integração foi muito legal. Trabalhamos alguns elementos corporais lá e vimos muito progresso na execução do pessoal da GAF”.
De acordo com Bruna, o balé é a mãe de todas as ginásticas, pois oferece um condicionamento que torna possível uma melhor execução dos movimentos. “Verticalização, posicionamento postural e equilíbrio são atributos capazes de produzirem rendimento mais alto na execução dos saltos gímnicos, por exemplo”, finaliza.
Redação Vida & Tal