Ainda seguindo os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019, das 159,1 milhões de pessoas com ou maiores de 18 anos no país, 66,1% autoavaliaram sua saúde como boa ou muito boa.
O percentual foi similar ao referido em pesquisa realizada em 2013, de 66,2%. Já 28,1% avaliaram, em 2019, seu estado de saúde como regular, e 5,8%, como ruim ou muito ruim. O maior percentual de avaliações boas ou muito boas, que corresponde a 71,9% foi o da região Sul. Já o menor, 56,7%, foi do Nordeste.
Como era de se esperar, os homens fizeram uma autoavaliação de sua saúde mais positiva do que as mulheres: 70,4% dos homens consideraram sua saúde como boa ou muito boa, contra 62,3% das mulheres. Em relação aos grupos de idade, quanto maior a faixa etária, menor o percentual de pessoas que avaliavam sua saúde como boa ou muito boa.
O levantamento também apresentou que nos 12 meses anteriores à entrevista, 76,2% da população, ou seja, 159,6 milhões havia se consultado com um médico, um aumento considerável frente a 2013 (71,2%). Mas a proporção de mulheres que consultou um médico continuou sendo superior à dos homens. O placar foi de 82,3% (F) contra 69,4% (M). Já a proporção de pessoas que consultaram dentista não chega à metade da população, apenas 49,4%, apesar do aumento em relação a 2013 que foi de 44,4%.
52,0% da população brasileira tem pelo menos uma doença crônica
Mas um dado alarmante contraria essa autoavaliação e preocupa as autoridades em saúde. Ainda de acordo com o levantamento, pouco mais da metade, 52,0% da população brasileira com 18 anos ou mais, já foi diagnosticado com pelo menos uma das doenças crônicas investigadas por essa edição da pesquisa.
Cerca de 23,9% da população nesse grupo etário, o que equivale a 38,1 milhões de pessoas, receberam diagnóstico de hipertensão arterial, prevalência um pouco mais alta do que a encontrada pela PNS em 2013, (21,4%). 7,7% da população maior de 18 anos receberam diagnóstico de diabetes, o equivalente a 12,3 milhões de pessoas com a enfermidade, e cerca de 8,4 milhões de pessoas, 5,3% da mesma faixa etária, sofrem de alguma cardiopatia.
Cresce o número de hipertensos
Em 2019, entre os hipertensos, 72,2% afirmaram ter recebido assistência médica para a doença nos 12 meses anteriores à entrevista. A incidência deste diagnóstico aumentava com a idade: no grupo etário dos 18 a 29 anos, apenas 2,8% estavam hipertensos, mas essa proporção sobe para 62,1% entre a população com 75 anos ou mais de idade.
Diabetes já atinge 7,7% da população adulta
Se em 2019 a PNS estimou que 7,7% da população de 18 anos ou mais foram diagnosticadas com diabetes, em 2013 a prevalência foi de 6,2%. As mulheres, com 8,4%, apresentaram maior proporção de diagnóstico que os homens com 6,9%. A Unidade Básica de Saúde foi o principal local onde as pessoas receberam assistência médica para diabetes mencionado (49,6%), seguido por consultórios particulares ou clínicas privadas (30,0%).
Colesterol alto
De acordo com o estudo, 14,6% das pessoas de 18 anos ou mais de idade (23,2 milhões) tiveram diagnóstico médico de colesterol alto (em 2013, foram 12,5%). Na área urbana a proporção estimada foi de 15,0%, e na área rural de 12,1%. As mulheres apresentaram proporção maior de diagnóstico médico de colesterol alto (17,6%) do que os homens (11,1%).
Redação Vida & Tal
Fonte: IBGE