O número de efeitos colaterais da pandemia não para de crescer. Estudo realizado pelo Hospital das Clínicas (SP) com 255 adultos – sendo 138 homens e 117 mulheres, internados com diagnóstico de covid-19. De acordo com a pesquisa, 88,4% dos homens e 90,6% das mulheres relataram a presença de ao menos um dos sintomas avaliados pelo questionário International Prostate Symptom Score (IPSS), desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os problemas mais frequentes foram: noctúria (62,0%), que é a necessidade de urinar durante a noite, e frequência miccional aumentada (50,2%). Outras situações: frequência por urgência (42,0%), esvaziamento incompleto (39,2%), jato fraco (29,8%), intermitência (29,4%) e esforço miccional (20%).
Além disso, 44,5% dos participantes da pesquisa se mostraram insatisfeitos com sua qualidade de vida na área urológica depois da doença. Os resultados foram divulgados no último Congresso Brasileiro de Urologia. De acordo com o médico urologista, José Alexandre Araújo, que foi palestrante no evento, muita coisa sobre o covid ainda é um mistério.
“Só estudos como esse podem nos ajudar a entender melhor. Parece claro que o sistema urinário é um dos atingidos pela doença”, declara.
Diagnóstico
O especialista destaca que a hora de buscar ajuda é quando começa a acordar mais de uma vez. Quando isso acontece, tem impacto diretamente no repouso noturno. Isso vai implicar no cansaço e perda da qualidade de vida diurna e ele tem que procurar algum médico para saber o que está acontecendo. O melhor seria procurar um urologista.
“Quando a gente conversa com esse paciente a gente aborda como está a glicose, a pressão, se usa medicamentos para a pressão, se a glicose está controlada. Logicamente na consulta vamos conversar sobre aumento de próstata, bexiga hiperativa, tudo isso. E pesquisamos a parte clínica, principalmente pressão e diabetes a gente acaba pesquisando também”, explica.
Redação Vida & Tal