Com o último fato ocorrido na entrega do Oscar envolvendo o ator Will Smith e Chris Rock, após o apresentador fazer piada com a esposa do ator que sofre com a alopecia, muito tem se falado sobre a condição médica que causa a perda de cabelo. Para ajudar a entender sobre a doença autoimune, vamos começar respondendo a clássica pergunta: Por que meu cabelo cai?
Antes de mais nada é preciso entender o que está por trás do processo de perda e queda de cabelo. O ciclo de vida dos fios é composto pela fase do crescimento, repouso e perda. Após o período de repouso, o que pode durar de um ano e meio a dois anos, o fio de cabelo cai dando lugar para um novo, que entra em nova fase de crescimento. Por isso, estima-se que cerca de 90% dos cabelos encontram-se em fase de crescimento.
Em média, uma pessoa perde de 50 a 100 fios de cabelo todos os dias, o que significa dizer que esse processo de renovação capilar contínua é natural e não apresenta risco de desenvolver calvície. Mas alguns fatores podem acelerar o processo de queda desses fios.
Por isso é importante a consulta com um médico especialista para identificar as possíveis causas e dar início ao tratamento mais adequado.
Entre os fatores que contribuem para queda excessiva estão:
– estresse
– distúrbios hormonais
– deficiência de vitaminas no organismo
– infecções por fungos ou bactérias
– excesso de oleosidade
– medicamentos, pós-anestésicos e quimioterápicos
– pós-covid
– processos químicos e/ou traumas na região capilar
– enfermidades como lúpus eritematoso sistêmico e/ou sífilis secundária
Alopécia androgenética (calvície)
Em geral, a calvície afeta mais homens do que mulheres. A explicação deve-se ao fato de que a queda dos fios tem uma relação direta com a testosterona, hormônio sexual masculino, presente em quantidade inferior nas mulheres.
O que poucas pessoas sabem é que a principal causa da calvície masculina é a alopecia androgenética.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a alopecia androgenética, ou calvície, é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada e é relativamente frequente na população masculina. Porém, homens e mulheres podem ser acometidos pelo problema.
Apesar de se iniciar ainda na adolescência, normalmente se torna perceptível por volta dos 40 ou 50 anos de idade.
Alopécia areata
Diferentes fatores contribuem para o seu desenvolvimento, como a genética e a condição autoimune.
Os fios começam a cair, resultando mais frequentemente em falhas circulares sem pelos ou cabelos.
A extensão da perda pode variar. Em alguns casos, a perda concentra-se em alguma região ou poucas. Já em outros, a perda do cabelo pode afetar uma região maior, e nos casos raros de alopecia areata total, há a perda total de cabelo.
Alopecia areata universal
Esse tipo é marcado pela queda do pelo de todo o corpo. A alopecia areata não é contagiosa.
Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro.
A evolução da alopecia areata não é previsível. O cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Isto ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação.
Entretanto, novos surtos podem ocorrer. Cada caso é único. Estudos sugerem que cerca de 5% dos pacientes perdem todos os pelos do corpo.
Tratamentos
Antes de dar início a qualquer tipo de tratamento é indispensável a consulta com um dermatologista. Entre as possibilidades de tratamento, está um método inovador na área dermatológica que vem fazendo muito sucesso pelo mundo, a MMP (Microinfusão de Medicamentos na Pele).
Redação Vida & Tal
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia.