O Hospital São Francisco (HSF) na Providência de Deus, no Rio de Janeiro, acaba de inaugurar uma Unidade de Transição com o foco em pacientes com condição crônica de maior dependência e que necessitam de cuidados continuados. Afinal, voltar para casa e retomar as atividades do dia a dia após um período de internação hospitalar nem sempre são tarefas fáceis. Alguns pacientes podem necessitar de cuidados complexos e exclusivos antes de deixar o hospital.
Foi visando promover o cuidado integral do paciente e sua plena reabilitação motora cognitiva e oral, que o HSF inaugurou a Unidade de Transição. “Contamos com uma equipe multidisciplinar que atua para restabelecer a capacidade funcional e a independência dos pacientes”, esclarece a coordenadora do serviço, Carla Quintão, especialista em geriatria pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ).
A nova Unidade de Transição do HSF dispõe de 16 leitos e é destinada a pacientes em condição crônica de maior dependência e que necessitam de cuidados continuados e especiais da equipe de Enfermagem em casos de maior complexidade. E a participação da família neste momento é fundamental, como explica a especialista: “alguns exemplos de pessoas que podem necessitar desta atenção diferenciada são aquelas que desenvolveram úlcera por pressão ou foram traqueostomizadas e estão passando pelo desmame de oxigênio. Nossa equipe está apta a prestar o cuidado adequado à complexidade de cada caso, auxiliando e integrando a família no processo de restabelecimento e no plano de cuidado da saúde do paciente. Para isso, atuamos também fazendo o treinamento de familiares ou cuidadores para cuidados básicos como traqueostomia, gastrostomia, colostomia e curativos simples”.
Além de promover a reabilitação de pacientes pós-internação, a Unidade de Transição também oferece cuidados paliativos para pessoas com doenças irreversíveis, sejam elas doenças oncológicas em fase avançada ou crônico degenerativas. “Nesses casos, nossa atuação é baseada em um plano de cuidados voltado para o acolhimento, humanização e a paliação dos sintomas, que seja capaz de proporcionar alívio do sofrimento físico, psicossocial e espiritual até o término do ciclo de vida do paciente”, ressalta a coordenadora, que tem especialização em Cuidados Paliativos pelo Instituto Einstein de Ensino.
A equipe do novo serviço é formada por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem e conta ainda com profissionais de diversas áreas, como serviço social, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional. Entre os cuidados oferecidos estão cuidados de feridas complexas, suporte a pacientes submetidos a antibioticoterapias prolongadas, doenças neuromusculares e neurodegenerativas, pós-internação hospitalar prolongada com perdas funcionais das atividades básicas cotidianas, pós-operatório com necessidade de reabilitação ou readequação de cuidados e até reabilitação de sequelas da Covid-19, entre outros.
Redação Vida & Tal
Fonte: SB Comunicação.