Uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e o Governo do Estado de Minas Gerais, pode trazer um fio de esperança aos brasileiros, em um momento tão tenso e instável por qual atravessa o país, com o crescente número de mortes pela Covid-19. O objetivo é desenvolver vacinas nacionais, por meio do CT-Vacinas, um centro de pesquisas em biotecnologia, resultado de uma importante parceria estabelecida entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas) e o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC).
“Essa vacina feita em Minas Gerais com tecnologia nacional é muito importante para o estado, importantíssima para o país como um todo e para o conforto emocional da população, ao sabermos que nós temos uma vacina nacional sendo desenvolvida aqui”, ressaltou o ministro Marcos Pontes, ao apontar a relevância também para a ciência nacional.
De acordo com o vice-governador Paulo Eduardo Brant, os estudos iniciais já foram concluídos e a parceria será um grande avanço no combate à pandemia que atinge a população do estado e do Brasil.
“A segunda fase vai necessitar de um investimento razoável na faixa de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões. Esse é o próximo desafio, levantar esse recurso para que a gente possa superar essa fase e aí sim entrar na fase final de teste final e produção da vacina”, revela.
A reitora da Universidade Federal de Minas Gerais, Sandra Regina Goulart, classificou a parceria do MCTI como um apoio imprescindível para se pensar em uma vacina que seja brasileira.
“O CT Vacinas da UFMG tem tido um papel importante não apenas em fazer uma pesquisa de vacinas, mas também de trabalhar com diagnósticos nacionais. Nossa expectativa é que a gente possa pensar a longo prazo, e que esse Centro de Vacinas Tecnológicas da UFMG se torne um Centro especializado em vacinas para várias outras situações que nós sabemos que iremos enfrentar no futuro”, destacou a reitora.
Para Sandra Regina, a Universidade Federal de Minas Gerais atuando em parceria com o Poder Público, com o Ministério, viabiliza atender aos anseios da sociedade brasileira.
O CT-Vacinas
Pesquisadores ligados à UFMG e à Fiocruz-Minas, que se destacam no contexto nacional e internacional pela qualidade da sua produção científica e tecnológica, fazem parte hoje da equipe desse Centro que é voltado para o desenvolvimento de novas tecnologias ligadas à produção de kits de diagnóstico e vacinas contra doenças humanas e veterinárias.
Ele integra o Instituto de Ciência e Tecnologia de Vacinas (INCTV), um dos projetos apoiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) e o MCTI por meio do Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT).
O Presidente do CNPq, Evaldo Vilela, ressalta que o resultado promissor das pesquisas do CT-Vacinas é um excelente exemplo de como o trabalho em rede é fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, lembrando que esse é justamente o propósito do INCT.
“O programa promove organização de redes que proporcionam a consolidação dos grupos de pesquisa, o intercâmbio de conhecimentos e a ampla abrangência do programa, fomentando a pesquisa de norte a sul do país”. lembra, Vilela. Atualmente, são 102 INCTs apoiados pelo Governo Federal.
Redação Vida & Tal
Fonte: Ascom/MCTI