O Herpes Zóster é uma manifestação tardia do mesmo vírus causador da catapora, também conhecida como varicela. Até poucos anos, quando a vacina varicela não estava disponível, as pessoas tinham a doença e, após a cura da infecção, mantinham o vírus contido pelo sistema imunológico. Ocorre que, com o passar dos anos, principalmente após os 50 anos, as pessoas que tiveram catapora quando pequenas podem sofrer uma reativação do vírus e desenvolver o herpes zóster.
A novidade no mercado é uma vacina recombinante e inativada que apresenta 90% de eficácia e é aplicada em duas doses. Além de utilizar o vírus inativado, a vacina é chamada de recombinante porque a proteína do vírus é produzida em laboratório numa linhagem de células. O imunizante é indicado para pessoas com mais de 50 anos e para aquelas a partir de 18 anos com um risco aumentado para desenvolver o herpes zóster. O vírus da catapora, cujo nome é varicela zóster, fica contido pelo sistema imunológico desde a época em que a pessoa teve a doença até o final da vida.
“Com o passar dos anos e o envelhecimento dos indivíduos, a reativação desse vírus pode acontecer em cerca de uma em cada três pessoas. Isto se dá porque o sistema imunológico não consegue mais conter a replicação do vírus e a pessoa apresenta lesões, muitas vezes no tronco, mas também na face. O zóster, como chamamos, é pruriginosa, ou seja, provoca coceira, irritação e pode ser dolorosa durante um período”, destaca a Dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectologista da Dasa, a maior rede integrada de saúde do Brasil, que reúne laboratórios como Alta Diagnósticos (SP e RJ), Delboni (SP), Lâmina (RJ), Frischmann (Sul) e São Marcos (MG).
Dois tipos diferentes de vacinas
Como prevenção à reativação do vírus varicela zóster, existem atualmente dois imunizantes: uma vacina viva atenuada e que está indicada para pessoas acima de 50 anos, quando justamente o sistema imunológico passa a diminuir a sua capacidade de conter a replicação do vírus. Essa vacina tem eficácia de 50%, ou seja, ela reduz pela metade a chance de a pessoa ter zóster. Já a segunda vacina, apresentada recentemente ao mercado brasileiro e já disponível na Dasa, é recombinante e inativada.
“A segurança da vacina recombinante foi extensamente estudada e a taxa de eficácia chega a 90%, o que proporciona um benefício para a população”, afirma Dra. Maria Isabel.
Segundo a especialista, é fundamental que os médicos informem que há dois tipos de vacina disponíveis: a primeira, com uma dose só e eficácia de 50%; e outra com esquema de duas doses, com eficácia maior.
“Normalmente não há recomendação de se repetir o esquema vacinal, ou seja, uma dose se for a vacina viva atenuada ou duas doses se for a vacina inativada. Além disso, a vacina que é inativada está disponível também para pessoas imunossuprimidas. Nesse caso, a vacina é recomendada para pessoas acima de 18 anos, pois os imunossuprimidos podem ter o zóster mais precocemente”, esclarece a infectologista da Dasa.
A Dra. Maria Isabel destaca ainda que o médico prescritor deve descrever qual o tipo de vacina é indicado para o paciente. “De toda forma, em nossas unidades de vacinação, temos um time capacitado para esclarecer as dúvidas e explicar a diferença entre os dois tipos de imunizante. Mas é importante que as pessoas saibam que são vacinas diferentes, com eficácias diferentes e com esquemas vacinais diferentes”, orienta a médica.
A vacina viva atenuada está indicada para pessoas acima de 50 anos. Ela é contraindicada para pessoas que estão em condição de imunossupressão, pois é uma vacina viva que precisa de um sistema imunológico capaz de conter a replicação do vírus.
“Já a vacina inativada está disponível a partir dos 18 anos de idade para quem tem condições de imunossupressão, o que é bom porque essas pessoas têm uma chance maior de desenvolver zoster”, esclarece Maria Isabel.
A vacina recombinante e inativada já pode ser encontrada nas unidades da Dasa que oferecem os imunizantes. Vale ressaltar que as doses só são administradas com a apresentação do pedido médico.
No Rio de Janeiro, a vacina está disponível nos laboratórios Alta Diagnósticos, Sérgio Franco, Lâmina e Bronstein. Em São Paulo, encontra-se nas unidades de Delboni, Lavoisier, Salomão Zoppi, Alta Diagnósticos, Previlab, Cytolab, LabHormon e Vital Brasil. Em Minas Gerais, o laboratório São Marcos disponibiliza o imunizante. Enquanto no Centro-Oeste as marcas Atalaia, Bioclinico, Cedic Cedilab e Exame oferecem a vacina.
Na região Sul do país, os laboratórios Frischmann, São Camilo, Santa Luzia, Ghanem, Santa Luizia, CEC, Exame Sul e Álvaro também contam com a vacina. Nordeste dispõe do imunizante nas unidades de Cerpe, Image, Lab Pasteur e Leme.
Redação Vida & Tal