A vitamina D poderia ser considerada um hormônio, pelas diversas intervenções que ocasiona no organismo. Produzida, naturalmente, pela ação de certas ondas de raios ultravioletas B (UVB) solares na pele, a vitamina D ativa a “matéria prima” presente no tecido subcutâneo que, após sofrer modificações no fígado e nos rins, se transformam na forma final – o Calcitriol (1,25 dihidroxicolelciferol).
De acordo com o médico ortopedista, Rodrigo Galdino, especialista em Osteoporose, essa substância tem ação influenciadora e/ou protetora na parte neurológica, cardiovascular, imunológica, óssea, muscular, tumoral, ação anti-inflamatória, entre outras.
“Especificamente, quando se fala em osteoporose, níveis adequados de vitamina D são fundamentais, pois a mesma auxilia na absorção intestinal de cálcio e fósforo, além de melhorar a qualidade de certo tipo muscular extremamente importante que atua, por exemplo, na prevenção de quedas”, afirma.
Fontes de Vitamina D
A principal fonte de vitamina D, é a luz solar. Fontes nutricionais de vitamina D são muito escassas e as mesmas, geralmente, não fazem parte do nosso hábito alimentar de forma adequada, sendo, quase sempre, necessária a suplementação através de medicamentos, havendo, no mercado, diversas dosagens de vitamina D disponíveis para tal.
“A produção apropriada, a partir do sol, deve ser feita com boa exposição da pele (expondo ao máximo o tronco e os membros), sem barreiras (vidros, água ou protetores solares). O período do ano influência, sendo esse aporte melhor no verão e mais escasso no inverno, devido a posição solar”, diz.
Segundo o especialista, o melhor horário para produção de vitamina D a partir do sol é ao meio-dia, pois há maior incidência dos raios UVB necessários para sua produção. Mas um alerta! Nesse período, há também maior exposição aos raios nocivos e sabidamente causadores de câncer de pele e, portanto, recomenda-se um aporte de sol antes das 10h da manhã e após as 16h horas da tarde, quando esse risco é minimizado.
“A melanina reduz a absorção dos raios UVB do sol e, portanto, peles mais claras necessitam de menos tempo de exposição do que as peles mais escuras. A idade também influencia nessa produção, sendo maior e mais rápida em crianças e mais devagar e em menor quantidade nos mais idosos, os quais necessitam de mais tempo para a adequada produção, o que em geral não ocorre”, explica.
Rodrigo Galdino explica ainda que alguns grupos necessitam de doses maiores de suplementação devido a certos fatores que ocasionam redução da produção final da vitamina D. O que pode ocorrer, seja por interferência no seu metabolismo (por exemplo pessoas submetidas a cirurgias bariátricas, uso crônico de anticonvulsivantes), menor capacidade de produção a partir da luz solar (por exemplo os idosos) ou por maior demanda fisiológica (gestantes).
“Através do exame de sangue é possível medir os níveis de 25-hidroxicolecalciferol (25 OH Vitamina D), que é uma forma ainda inativa no organismo, mas utilizado para mensurar seus níveis a partir dos quais verifica-se a necessidade de mudança de hábitos ou a utilização de medicamentos para suplementação, através de protocolos bem estabelecidos”, ressalta.
Tratamento
Sobre a melhor forma de tratamento, o médico que atua no Programa de Prevenção de Refratruras do Hospital Federal de Ipanema (RJ), afirma que tratamento da osteoporose envolve a suplementação de cálcio e vitamina D, além de drogas que atuam no metabolismo ósseo.
“Esse conjunto atua melhorando a resistência óssea e reduzindo o risco de fraturas osteoporóticas. A vitamina D atua ainda na prevenção das quedas, grandes causadoras dessas fraturas. Adequados níveis de vitamina D são muito importantes para uma melhor saúde global, sendo fundamental no sistema musculo esquelético, devendo ser controlada por meio de exames de sangue e adquirida através da exposição solar apropriada, orientações nutricionais e suplementação medicamentosa, finaliza Rodrigo Galdino – Membro do Comitê de Doenças Osteometabólicas da SBOT.
Redação Vida & Tal
Fonte: Assessoria de Comunicação Orto Center