A palavra que identifica o afastamento dos músculos abdominais é incomum, Diástase, mas a ocorrência é tão frequente entre as mulheres grávidas que o termo já é familiar para muita gente. Estudos indicam que o problema, que causa dores lombares e flacidez, chega a atingir mais de 60% das gestantes. A boa notícia, cientificamente comprovada, é que dá para prevenir essa e outras disfunções relacionadas à musculatura pélvica ainda antes da chegada do bebê, ou mesmo reverter seu impacto após o parto, com a ajuda da técnica LPF (Low Pressure Fitness).
“O que acontece é que, no período gestacional, há um aumento na produção de um hormônio chamado relaxina, que é liberado para possibilitar o relaxamento do útero para o crescimento do feto, além de preparar a mulher para o parto. Este hormônio também relaxa a musculatura abdominal para possibilitar o crescimento uterino. Conforme o bebê vai crescendo, aumenta a pressão intra-abdominal sobre a faixa muscular localizada nessa região e, se você não tem um controle da postura adequado, isso acaba favorecendo ainda mais a distensão das fibras da Linha Alba e criando um espaço”, explica a educadora física Carol Lemes, embaixadora do método LPF no Brasil.
Ainda de acordo com a educadora, além de afetar a estética, o que incomoda muito as mulheres, a diástase patológica pode provocar dores na coluna e disfunções no assoalho pélvico, porque afeta toda a estabilidade local.
“No protocolo de reabilitação da Diástase, precisamos recuperar o tônus basal do músculo transverso abdominal que funciona como uma cinta natural. Além disso, regular o tônus do períneo e recuperar a integridade da Linha Alba também se faz necessário neste cenário, e o treinamento postural e respiratório que o LPF preconiza age exatamente nisso”, explica.
Importância do trabalho no períneo
“É extremamente importante nessa fase para a mulher a manutenção do bom posicionamento dos órgãos internos, evitando uma grande compressão na cavidade pélvica e, como consequência, ocorrências como incontinência urinária de esforço e disfunções sexuais”, aponta Carol.
“Através da respiração rítmica e bem direcionada, os exercícios melhoram a função perineal , o que pode inclusive proporcionar um parto vaginal mais rápido e seguro, sem laceração, sem episiotomia, se essa for a escolha da gestante”.
Segundo a embaixadora do LPF, 50% das mulheres que buscam esse método deseja recuperar a diástase ou reabilitar o pavimento pélvico. Carol lembra que, fora as situações excepcionais em que é preciso observar o repouso por indicação médica, em uma gestação saudável é muito importante manter uma rotina de atividade física, tendo ela mesmo adotado o LPF e exercícios resistidos como musculação e pilates durante a sua gravidez. É recomendado apenas contar com a orientação adequada.
“O protocolo de exercícios para gestantes é bem diferente das pessoas que não estão nessa fase, então é fundamental procurar um profissional certificado em LPF para ter os melhores resultados, sem riscos”, completa.
Formada em Educação Física pela Unicamp, Carol Lemes foi a primeira brasileira a ter a certificação da escola internacional Hypopressive & Physical Therapy Institute e, em 2015, trouxe a LPF para o Brasil. Carol também é certificada pelo método Gasquet, desenvolvido pela médica e fisioterapeuta francesa Bernadette Gasquet, grande referência em parto e pós-parto, e em Eldoa (Longitudinal Osteo-Articular Decoaptation Stretching), com o Osteopata francês Dr. Guy Voyer. Atualmente possui três Studios em Campinas, e é fundadora da empresa Leading Fitness focada em cursos para profissionais da área de saúde.
Redação Vida & Tal
Fonte: Novità Comunicação Estratégica