“Pipoca na panela começa arrebentar. Pipoca com sal, que sede que dá…quero ver pipoca pular…”. Quem nunca correu para cozinha após ser seduzido pelo jingle “Pipoca e Guaraná”? Um snack simples, democrático e pra lá de nutritivo que vai bem com tudo. Em casa, no trabalho, na escola, no cinema, no parque, sozinho ou acompanhado, na versão doce ou salgada, sempre pipoca.
De acordo com a nutricionista Daniela Carvalho, das Instituições Afiliadas da Associação Paulista de Desenvolvimento da Medicina (SPDM), a pipoca tem um alto teor de fibras, que ajudam principalmente a melhorar o funcionamento do intestino, evitando a constipação. Além disso, também dá maior sensação de saciedade, o que pode ser uma ótima aliada na dieta de emagrecimento.
As fibras também ajudam a reduzir os níveis de colesterol ruim no sangue, prevenindo doenças cardiovasculares além de ajudar na regulação do nível de açúcar no sangue e a produção de insulina, o que é um grande benefício para pacientes diabéticos.
“A pipoca também é rica em polifenóis, que agem como poderosos antioxidantes e combatem os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e diversas doenças, até mesmo alguns tipos de câncer. Pesquisas mostram, inclusive, que a pipoca chega a ter mais polifenóis do que muitas frutas e verduras. Isso porque enquanto a pipoca possui pouquíssima água, nas frutas e verduras esses antioxidantes estão diluídos em uma quantidade de água bem maior. Mas é claro que não é recomendado substituir frutas ou verduras por pipoca, afinal esses alimentos contém muitos nutrientes que o nosso corpo precisa”, afirma a nutricionista.
Rica em Vitaminas
Ela também é fonte de vitaminas importantes do complexo B. “A tiamina (vitamina B1), a niacina (vitamina B3) e a vitamina B6 convertem os alimentos em energia para o nosso corpo. A tiamina ainda ajuda a fortalecer nosso sistema imunológico e a niacina ajuda a aumentar o colesterol bom”, destaca Daniela.
Mas atenção para o alerta! Todos os benefícios dependem da maneira como a pipoca será preparada.
“A partir do momento em que você começa a encher sua pipoca de sal, manteiga, qualquer outro tipo de cobertura ou temperos artificiais, ela deixa de ser saudável. O excesso de sal, por exemplo, aumenta a pressão arterial”, ressalta a especialista.
Na hora do preparo, coloque o milho em um recipiente com um pouco de água e leve ao fogo ou ao microondas para estourar. Se conseguir comer sem sal, melhor. Se quiser, pode acrescentar algum tempero natural, como orégano.
Calorias
Uma porção de pipoca tem cinco vezes menos calorias do que a mesma quantidade de batata frita. Logo, a pipoca é uma ótima opção para substituir aperitivos calóricos, basta preparar da maneira correta, dar preferência às naturais, e não às industrializadas. Segundo a pirâmide alimentar pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2 xícaras de pipoca natural contém cerca de 150 calorias.
Consumo no Brasil
Uma pesquisa realizada pela Maia Research Analysis, empresa líder mundial em consultoria de mercado internacional revelou que o brasileiro é o segundo maior consumidor de pipocas do mundo, atrás somente dos Estados Unidos. Somente em 2018, o Brasil foi responsável pelo consumo de aproximadamente 260 mil toneladas de pipoca, o que representa uma movimentação de US$ 628 milhões de dólares. Ainda segundo dados da pesquisa, a expectativa é que em 2024, o consumo dos brasileiros chegue a 385 mil toneladas movimentando cerca de US$ 850 milhões de dólares.
A pesquisa revela ainda o perfil dos consumidores. Em 2018, cerca de 63% dos “popmaníacos de plantão” optaram pela pipoca pronta para comer, ou seja, aquela industrializada que é vendida no pacote. Os outros 37% preferiram a pipoca de microondas.
Em 2018, o consumo da pipoca industrializada, ou seja, pronta para comer foi de 169 mil toneladas. Já a pipoca de microondas, o consumo foi de foi de 97 mil toneladas. Atualmente, a pipoca pronta para comer domina o mercado responsável por 77% da oferta. Ano passado, o mercado da pipoca pronta para comer movimentou US$ 486 mil dólares.
Redação Vida & Tal
Fonte: SPDM e SEGS