Analisado e discutido em uma época marcada pela pandemia do novo coronavírus, os sintomas do estresse, caracterizado por sensações de preocupação, medo e irritação, tornaram-se marcas da atual sociedade, com seus efeitos manifestados de diferentes formas no corpo humano. Segundo dados coletados pelo professor Alberto Filgueiras, do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), os níveis de ansiedade e estresse tiveram aumento de 80% entre os meses de março e abril de 2020.
Quando o estresse passa a distorcer a rotina diária, a tendência é que as consequências se apresentem em forma de problemas psicológicos ou interferências físicas, como gastrite, pressão alta, dermatite e a tão indesejada queda de cabelo. De acordo com o biomédico esteta Vinicius Said, o estresse tem influência direta no ciclo de atividade dos folículos, que quando desregulados nos níveis nutricionais, favorecem a queda capilar.
“Quando estamos estressados há um aumento nos níveis sanguíneos e também uma produção acentuada de alguns hormônios, que são ativadas em períodos de risco ou perigo. Assim, quando somos submetidos ao estresse, o nosso cérebro tenta equilibrar a quantidade de fluxo sanguíneo, gastando mais energia e mais oxigênio. Com isso, os cabelos – células não vitais- passam a receber menos nutrientes e continuam trabalhando constantemente, resultando em uma alta taxa metabólica que precisa estar sempre “nutrida”. No momento em que passam a receber menos sangue, param de trabalhar e o cabelo, cai” explica.
Ainda que, quando vista por um não especialista, seja confundida com a calvície, a perda de fios capilares pode estar associada diretamente à saúde emocional de um paciente, e geralmente, esses casos são reversíveis se tratados por um especialista.
“Para esses casos existe um tratamento por intradermoterapia, conhecido também como enzimas. Nele, é feito a aplicação de alguns ativos, como Minoxidil, D-Pantenol, Biotina e Finasterida, diretamente no couro cabeludo, principalmente no local comprometido para induzir o crescimento. Além disso, é possível fazermos também uma associação com LED terapia, para oxigenar e melhorar a vascularização dos folículos. Inicialmente são feitas, no mínimo, quatro aplicações para induzir o crescimento e estabilizar a queda. Em geral, o tratamento pode durar de um a três meses, dependendo de cada organismo” enfatiza.
Ainda de acordo com o biomédico, além de prestar atenção aos sinais de alerta mais comuns ao estresse e observar a influência de componentes emocionais, é necessário reconhecer a presença de fatores como má alimentação, uso de medicação e sedentarismo.
Instagram: @viniciusaid
Redação Vida & Tal
Fonte: Criativos Imprensa