O Dia do Sexo, comemorado no dia 6 de setembro, é uma data para se pensar em um tema que pode estar muito relacionado à ocasião: libido. De acordo com especialistas, em alguns casos, a perda da libido ou falta de desejo sexual pode ter alguma relação com déficit hormonal. Neste caso, a terapia de reposição hormonal pode ser importante e necessária.
Segundo a diretora médica do Ceparh, Consuelo Callizo, é importante ressaltar que a terapia de reposição hormonal depende de cada paciente e deve ser individualizada. “Em alguns casos, podem ser indicados o estradiol a testosterona e/ou a gestrinona. Em geral, é um tratamento que consiste na utilização dos hormônios que apresentam quadro de desequilíbrio no organismo de uma determinada pessoa”, explica.
De acordo com a especialista, a reposição hormonal pode apresentar diversas vantagens, em especial nas mulheres que se encontram na menopausa, como a melhora dos sintomas climatéricos, diminuição das ondas de calor e do risco de câncer colorretal, aumento da libido e da lubrificação vaginal.
“A queda nos níveis de testosterona atrapalha a memória, o humor, interfere na massa muscular, na massa óssea e até na condição cardiovascular, ou seja, a reposição tem sido muito importante no tratamento de outros sintomas da menopausa. Como a testosterona sofre uma queda juntamente com os outros hormônios, esse declínio potencializa diversos sintomas”, acrescenta a médica.
Em pacientes mais jovens com doenças estrógeno dependentes, como endometriose, TPM, cólicas, os hormônios que podem ser indicados são a gestrinona e a testosterona. Se a gestrinona inibe a ovulação, por outro lado ela tem ação semelhante à testosterona, que embora seja reconhecida como um hormônio “masculino”, também é produzida pelas mulheres e tem importância fundamental para a saúde feminina, além de poder aumentar o libido.
Já o estradiol é um hormônio produzido, principalmente, nas células granulosas dos tecidos ovarianos. As mulheres com deficiência desse hormônio tornam-se suscetíveis ao aumento de risco de incontáveis desequilíbrios e doenças. Além disso é um hormônio que também pode ocasionar a perda da lubrificação vaginal e da libido, além de uma piora na qualidade do sono.
Dependendo do tipo de tratamento, pode haver, sim, um aumento do desejo sexual da paciente. Em muitos casos isso ocorre devido ao aumento da autoestima feminina combinado à melhora da lubrificação vaginal, já que, na ausência do estrogênio, a área costuma ficar ressecada, causando muito desconforto durante as relações sexuais.
Envelhecimento
Consuelo Callizo explica ainda que o envelhecimento exige maior atenção médica, também quando se fala de hormônios, pois, a partir dos 40 anos, já é possível ter uma deficiência hormonal que influencie no dia a dia da mulher em vários aspectos. A partir dessa idade os exames anuais são ainda mais importantes para avaliar a parte física dos órgãos, como exames de laboratório que podem sinalizar a deficiência de algum hormônio.
Implantes Hormonais
O Diretor de Produção e Qualidade da ELMECO Implantes Hormonais, Wilson Saback, explica que os implantes são uma das mais recentes tecnologias utilizadas neste tratamento, mas devem ser prescritos e administrados com cautela.
“O tratamento com implantes hormonais é realizado por meio da implantação subcutânea de um segmento de tubos de silicone semipermeáveis. Esses tubos medem de 4 a 5 cm e comportam cerca de 40 a 50 mg de uma substância hormonal pura, que pode ser estradiol, testosterona bioidêntica ou progestínico. Após o processo de implantação, o hormônio é liberado gradativamente na corrente sanguínea, de maneira segura e com dosagem personalizada, por um período de seis meses a um ano”, finaliza.
Redação Vida & Tal