A alergia ao camarão e demais frutos do mar é, sem dúvida, uma das mais comuns à espécie humana. Mas, o que pouca gente sabe é que existem dois tipos de reações do organismo ao crustáceo. A primeira é a alergia a proteína do camarão, que impede o consumo do alimento mesmo sem casca. Já a segunda é a reação ao conservante, muito utilizado pela indústria alimentícia com o objetivo de evitar o escurecimento da casca, muito presente no camarão seco.
Causas
Ao consumir o crustáceo, o sistema imunológico do alérgico produz a imunoglobulina E (IgE), um anticorpo que ataca uma proteína presente no camarão e promove os sintomas da alergia. Os sintomas, que podem ir dos mais simples aos mais graves, costumam se manifestar imediatamente, poucas horas, após a ingestão ou contato acidental com o crustáceo. Por isso o recomendado é que ao menor sinal do sintoma alérgico, o consumo deve ser interrompido e deve-se buscar atendimento médico adequado.
Para confirmar se há presença da alergia e o tipo, são realizados testes por meio do método de prick test feito no antebraço, que duram, aproximadamente, de 15 a 20 minutos. Em alguns casos, os alergologistas fazem testes de sangue em laboratório utilizando a dosagem IgE específica para camarão.
Alergia à proteína do camarão
A alergia à proteína do camarão é uma reação do sistema imunológico contra as proteínas presentes no alimento, principalmente a tropomiosina, encontrada tanto na casca como na carne. Apesar da casca ser a responsável por 80% das reações, não é recomendável para os alérgicos comerem camarão mesmo sem a casca, pois ainda existe a tropomiosina na carne. Pacientes que apresentam a IgE E/O teste na pele positivo para o camarão e/ou tropomiosina, são os verdadeiros alérgicos.
Reação ao conservante
Já a reação ao conservante tem relação com o metabissulfito de sódio, um produto usado pela indústria alimentícia e que tem como objetivo evitar o escurecimento da carapaça do camarão. Existem algumas pessoas que apresentam uma sensibilidade maior a esse conservante apresentando uma reação que se assemelha a uma alergia.
De acordo com a Elergo Imuno, clínica especializada em alergia de Recife (PE), “é importante lembrar que não adianta consumir o camarão e, depois, tomar antialérgicos ou corticoides. Essa atitude não impede as reações alérgicas, e, ainda, possibilita sintomas mais graves”, alerta.
Sintomas
– Inchaço nos olhos
– Coceira na língua e garganta
– Caroços/placas na pele.
Atenção, esses sintomas que podem evoluir para as formas mais graves de reação, inclusive levando ao choque anafilático (inchaço da garganta, dificuldade de respirar) e, até mesmo, o óbito. “Se você tem alergia ao camarão, já sabe: nada de consumir o alimento! Procure um médico especialista para que ele possa orientá-lo e evite problemas mais graves de saúde. Prestar atenção ao que se come é manter o corpo sempre saudável e aproveitar todos os momentos da vida!”, destaca a clínica especializada.
Redação Vida & Tal
Fonte: Clínica Alergo Imune