Quando o assunto é doença, é lugar comum escutar: é genético, toda família tem determinado problema de saúde. Mas será que somente o histórico familiar pode ser responsabilizado mesmo? A questão é um dos focos do curso “Como se constrói a saúde e a doença”, disponível no Puravida PRIME – uma plataforma de assinatura voltada para temas que abordam a saúde e o bem-estar, criada pela Puravida, empresa que nasceu com o propósito de facilitar e incentivar um estilo de vida mais saudável com cuidados voltados para a saúde.
O conteúdo é formado por seis episódios que abordam temas como a genética, inflamação, síndrome metabólica, importância do intestino e dos músculos. As primeiras aulas são coordenadas pelo neurologista Gabriel Prado. É ele quem explica o que significa epigenética, sua influência e fatores que constroem a saúde e previnem a doença: os pontos fundamentais na nossa rotina e hábitos que favorecem o processo de adoecimento e a atenção que deve ser dada a cada um desses pontos, sem deixar de lado o que deve ser promovido para o nosso corpo manter a manutenção adequada da nossa saúde física, mental e metabólica.
Mas o que significa epigenética? Costumamos ter a noção de que o gene é muito determinante. Se um familiar tem uma predisposição a determinada doença, é comum pensar que a pessoa está predestinada a desenvolver essa patologia.
Mas, não é bem assim que funciona. A epigenética é a influência do meio ambiente, da rotina, do estilo de vida em relação ao nosso gene. Dessa forma, o gene pode estimular ou silenciar o problema, de acordo com a rotina e estilo de vida.
Um exemplo clássico é o cigarro. Se o paciente herdou um gene do câncer de pulmão, e ele se expõe a fatores agressores, como tabagismo, fogão a lenha ou cigarro eletrônico, ele está estimulando a inflamação metabólica, a infecção do órgão e gerando uma expressão daquele gene. E o que vai determinar o nível de expressão e quando o organismo vai dar os primeiros sinais da doença, é quantidade de estímulo que ele está recebendo e a predisposição que ele tem em desenvolvê-la.
“Tem pessoas que passam uma vida inteira fumando e não desenvolvem câncer de pulmão, mas, isso não quer dizer que a mesma não possa ter outras doenças relacionadas a essa toxina. A predisposição pode estar relacionada a doenças cardiovasculares, como por exemplo, e os fatores agressores vão gerar um processo inflamatório lá na região do núcleo do DNA, promovendo doenças relacionadas ao problema”, explica o médico.
Redação Vida & Tal