A fístula de anastomose é uma das complicações mais temidas após a cirurgia colorretal, estando associada ao aumento das taxas de morbidade e mortalidade. Por isso, a integridade de uma sutura de víscera é fundamental para o bom desfecho do tratamento cirúrgico para câncer colorretal. Além de uma boa técnica e experiência do cirurgião, outros fatores também influenciam, a fim de evitar intercorrências.
“Existem alguns métodos para verificar uma boa sutura, que variam desde a simples inspeção até a realização de exames endoscópicos peri-operatórios”, explica o diretor do Núcleo de Coloproctologia do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR), Ramon Mendes.
Nesta segunda-feira (21), a equipe capitaneada por Ramon Mendes com a participação do diretor do Núcleo de Cirurgia Oncológica do IBCR, André Bouzas, realizou a cirurgia inédita no estado. O tratamento cirúrgico minimamente invasivo, com uso da nova torre de vídeo e o sistema de identificação de perfusão do Cólon com a utilização da técnica, foi bem sucedido no paciente, de 67 anos, que tinha história de sangue nas fezes, e descobriu o tumor quando submetido a uma colonoscopia.
“Fomos a primeira equipe da Bahia a utilizar a indocianina verde para avaliar anastomose de Cólon. Esse procedimento permite uma diminuição na taxas de escape, complicações no pós-operatório. E uma ferramenta eficaz para avaliar a perfusão na área da anastomose, pois marca a parte do intestino que está bem vascularizara. Assim fazemos a “emenda” do intestino mais segura. A literatura recente mostra o benefício potencial da imagem com indocianina na redução das taxas de desicência (abertura espontânea dos pontos cirúrgicos), além de já comprovado que é seguro e viável na cirurgia colorretal”, finaliza Ramon Mendes, responsável também pela primeira cirurgia colorretal robótica no estado.
Redação Vida & Tal
Fonte: Brandão Comunicação