Ter autonomia sobre nossos sentimentos e emoções, sobretudo em momentos como esse, pelo qual atravessa a humanidade. A cada dia temos notícias que engrossam as estatísticas do número de suicídios, transtornos mentais e comportamentais que acometem e incapacitam profissionais das mais diversas áreas de atuação, e o aumento do número da violência , em todo o mundo.
Certamente nos perguntamos sobre a origem de tudo isso, e podemos não saber exatamente a resposta, mas podemos entender que parte disso é reflexo das emoções problemáticas, às quais todos nós estamos submetidos.
E o que fazer quando existem “emoções problemáticas”?
A resposta está na Regulação Emocional. “O importante ou desejável não é anular os nossos sentimentos negativos, mas sim regulá-los, de forma a sermos nós a controlá-los e não eles a controlar-nos”.
Mas o que é Regulação Emocional?
“A regulação das emoções tem dois componentes: por um lado é importante regular a experiência emocional, por outro regular a expressão emocional. E é importante, de fato, distingui-los. Vivenciar uma emoção não implica necessariamente em agir, e expressá-la não precisa ser de forma dura ou inapropriada. É preciso conhecê-las e educá-las”.
É o que defende o Psicólogo e Neurocientista Clínico, Dagoberto Bonavídes, Mestre em Programas Integrativos dos Órgãos e Sistemas pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e fundador da Associação Brasileira de Terapia Regressiva (ABTR).
O modelo desenvolvido por Bonavides, batizado de Regulação Emocional Primária (REP) pode ser visto como um complemento das Terapias Cognitiva Comportamental (TCC) e Cognitivo Processual (TCP), que traz como principio básico, a educação das emoções no indivíduo.
De acordo com o criador da REP, “a emoção é um fator biológico e o sentimento é psicológico. Assim, as emoções têm ligação com nosso instinto de sobrevivência, enquanto parte de memórias primitivas estão ainda habitando em nós, como forma de nos domesticar e educar para sobreviver em sociedade”.
Memórias x pensamentos
“Desse modo, as memórias seriam reflexos dos nossos instintos e a maioria de nossos pensamentos não são verdadeiramente nossos, e sim falsas memórias e falsas crenças que advêm de memórias ancestrais que carregamos biologicamente. Entretanto, quando aprendemos a diferenciar pensamentos reais dessas memórias, que não nos pertencem, isso propicia uma mudança de atitude e consequentemente uma melhoria na qualidade de vida”, revela.
Na prática, o trabalho da REP consiste em um processo de psicoeducação por meio do método IDI (Introspecção Dinâmica Induzida) que regula as emoções a partir das memórias primitivas, corpóreas e biológicas, com o qual é possível tratar patologias como: transtornos de ansiedade (síndrome do pânico); depressão; depressão bipolar; TOC; TDAH; transtornos de personalidade; compulsão sexual, etc.
Ainda de acordo com o autor, com a união de técnicas da mediação ativa, da neurociência e da psicologia clínica, método também tem sido muito eficaz nas terapias de casal.
“Atendo pacientes em consultório com o modelo que como o nome já diz, trabalha as emoções primárias (medo, raiva e ansiedade). O objetivo é treinar a pessoa para que ela aprenda a lidar com suas emoções e comportamentos diante dos fatos e situações apresentadas no dia a dia”, complementa.
Sobre o autor da REP – Dagoberto Bonavídes
Psicólogo e Neurocientista Clínico. Mestre pelo ICS-UFBA e Doutorando (tema: REP). Formações em: Deep Memory Process; TCP (Terapia Cognitiva Processual); DBT (Dialect Behavior Therapy ); TE (Terapia de Esquema) e Dinâmica Energética do Psiquismo. Autor da Regulação Emocional Primária (REP). Fundador da Associação Brasileira de Terapia Regressiva (ABTR).
Artigos
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-31769377
https://salvador.fgn.edu.br/eventos/ii-semana-de-psicologia-da-fgn
https://saude.abril.com.br/medicina/conheca-os-finalistas-do-premio-abril-dasa-de-inovacao-medica/