Depois da saga para a escolha, compra e preparo do peru de Natal, é chegada a hora de ir em busca do pescado que fará parte da ceia na noite de réveillon, já que reza a lenda “comer ave na virada do ano dá asar”. E não faltam motivos para incluir a carne branca no cardápio da virada e do dia a dia.
Segundo um artigo do EcoWatch, publicado pelo Sindicato da Indústria da Pesca no Estado de São Paulo (Sipesp), graças à enorme concentração de nutrientes, vitaminas e proteínas, o peixe é considerado um dos alimentos mais saudáveis encontrados na natureza.
Por se tratar de uma das melhores fontes de ácidos graxos ômega-3, importantes para o funcionamento do corpo e do cérebro, nutricionistas recomendam o consumo da proteína pelo menos três vezes por semana.
Nutrientes vitais para o corpo
Em geral, todos os peixes são benéficos para a saúde, pois contém os nutrientes mais importantes para o corpo, incluindo proteínas complexas, iodo, e várias vitaminas e minerais. No entanto, é impossível negar que alguns peixes são melhores que outros.
Peixes gordos estão entre os mais recomendados devido ao seu alto teor de nutrientes lipídicos, tais como a vitamina D, um nutriente que atua como um hormônio esteroide, e do qual muitas pessoas não possuem o suficiente. Além disso, esses tipos de peixe são uma excelente fonte de ômega-3, um ácido graxo essencial para o funcionamento do corpo e do cérebro, e a prevenção de várias doenças.
Reduz o risco de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC)
Infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) são duas das principais causas de morte prematura em todo o mundo. Vários estudos têm mostrado que pessoas que consomem peixe regularmente têm menor risco de ataque cardíaco, derrame ou morte por doença cardíaca.
Os cientistas acreditam que os peixes gordos são mais benéficos para o coração por causa de sua alta concentração de ômega-3 e, portanto, para reduzir o risco de doenças cardíacas em até 20%, recomenda-se comer duas ou três porções de peixe por semana.
Essenciais na fase de desenvolvimento
O ômega-3 é essencial para a fase de crescimento dos bebês, especialmente quando se trata do desenvolvimento dos olhos e cérebro e, por esta razão, os médicos recomendam que grávidas ou lactantes incorporem mais peixe à sua dieta.
Como alguns tipos de peixes têm concentrações elevadas de mercúrio, que está associado à complicações no desenvolvimento do cérebro, é importante que as mulheres grávidas limitem o seu consumo aos tipos de peixe com níveis mais baixos desse mineral, tais como salmão, truta e sardinha, em porções de não mais que 340 gramas por semana.
Podem aumentar a massa cinzenta e proteger a deterioração do cérebro
A deterioração das funções cerebrais é uma das principais consequências do processo de envelhecimento. Embora isso seja normal até certo ponto, existem doenças degenerativas mais graves, tais como alguns tipos de câncer ou doença de Alzheimer. Nos últimos tempos, os estudos têm mostrado que pessoas que comem peixe regularmente têm menores taxas de declínio cognitivo.
Esse resultado pode estar associado à matéria cinzenta, um dos principais tecidos funcionais no cérebro, onde os neurônios processam informações e armazenam memórias: um estudo recente mostrou que as pessoas que comem peixe toda semana tem uma maior concentração de matéria cinzenta que aquelas que não o consomem.
Ajuda a prevenir e combater a depressão
A depressão é um transtorno mental grave que se caracteriza por alterações de humor, sentimentos de profunda tristeza e ansiedade, falta de energia e falta de interesse na vida e atividades sociais. Vários estudos têm demonstrado que os ácidos graxos ômega-3 ajudam a combater a depressão, promovem o equilíbrio hormonal e aumentam a eficácia de dos antidepressivos.
Reduz o risco de doenças autoimunes, incluindo a diabetes do tipo I
Doenças autoimunes ocorrem quando o nosso sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis por engano. Isto acontece com a diabetes do tipo I, uma doença na qual o nosso corpo ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. Um estudo recente demonstrou que o consumo de óleo de peixe está associado a um risco reduzido do desenvolvimento de diabetes do tipo I em crianças, e de diabetes autoimune em adultos.
Embora os resultados sejam preliminares, os pesquisadores acreditam que isso seja devido às quantidades significativas de ômega-3 e vitamina D encontradas nos óleos de peixe e derivados.
Pode ajudar a prevenir a asma em crianças
A asma é uma condição comum caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas. Infelizmente, as taxas da doença sofreram um aumento significativo nas últimas décadas.
Entretanto, felizmente, vários estudos têm relacionado o consumo regular de peixe com uma redução de 24% no risco de desenvolvimento de asma em crianças.
Ajuda a proteger a visão
A degeneração macular é a principal causa de deficiência visual e cegueira em adultos mais velhos, mas há evidências de que o ômega-3 seja muito eficaz na prevenção dessa doença. De fato, um estudo recente ligou o consumo regular de peixe a uma redução de 42% no risco de desenvolvimento de degeneração macular em mulheres.
Além disso, outro estudo mostrou que o consumo de peixe pelo menos uma vez por semana pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de degeneração macular neovascular em até 53%.
Melhora a qualidade do sono
No mundo moderno, distúrbios do sono tornaram-se um problema comum e frequente. Embora existam diversos fatores que causam esta condição, os especialistas acreditam que, em muitos casos, o problema é causado por uma deficiência de vitamina D.
Em um estudo conduzido durante nove meses, com um grupo de 95 mulheres de meia-idade, os pesquisadores descobriram que consumir uma porção de salmão três vezes por semana pode resultar em uma melhoria significativa na qualidade do sono.
Redação Vida & Tal
Fonte: EcoWatch, Sipesp e Tudo por email.