O Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB), unidade da Prefeitura de Barueri gerenciada em parceria com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), está participando de mais um estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Desta vez, o objetivo da pesquisa é avaliar se a vacina BCG contra a tuberculose, doença contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis que afeta pulmões, ossos, rins e meninges (membranas que revestem o sistema nervoso), previne a infecção do novo coronavírus ou se impede o desenvolvimento das formas graves da Covid-19.
Estudos recentes apontaram que países que não tiveram a BCG no calendário vacinal, como Itália e Estados Unidos, apresentaram maior taxa de letalidade pela Covid-19 em comparação com países que mantêm o uso da vacina, como, por exemplo, o Japão. Para comprovar a hipótese, o objeto do estudo são os profissionais que atuam em unidades de saúde, pois existe maior possibilidade de contato com o novo coronavírus.
“O principal critério do estudo é não ter tido a Covid-19. E em relação à imunização, o voluntário precisa ter tomado as duas doses das vacinas Coronavac ou Astrazeneca contra a Covid-19 ou nenhuma dose até o dia da aplicação da BCG”, esclarece Bianca Decarli, enfermeira de pesquisa do HMB, que ressalta que após quinze dias da BCG, o voluntário poderá tomar a vacina contra a Covid-19 normalmente, de acordo com a agenda de vacinas do município.
Para participar, o interessado pode contatar a equipe do hospital por meio do WhatsApp (11) 99525-3434, para agendar a coleta de exames de sangue e PCR, que diagnosticam a Covid-19, ou ir diretamente no setor de pesquisa, localizado no 1º andar do Centro de Hemodiálise, entre 8h e 22h, de segunda à sexta-feira.
Após avaliação clínica e resultado dos exames, o voluntário terá que assinar um Termo de Consentimento e receberá a vacina BCG ou placebo. O participante será assistido pela equipe de pesquisa do HMB e será contatado constantemente para o desenvolvimento do estudo.
É importante ressaltar que o estudo engloba todos os profissionais que trabalham em unidades de saúde, ou seja, além de médicos e enfermeiros, funcionários administrativos, de segurança, hotelaria, manutenção e outros setores podem participar do projeto. Além de ajudar o desenvolvimento das pesquisas científicas do país, o voluntário terá acesso direto ao Pronto-Atendimento do HMB durante um ano, já que qualquer mudança no estado de saúde deverá ser avaliada pela equipe médica da unidade.
Vale lembrar que a BCG é uma vacina de fácil acesso e amplamente utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), portanto já existem protocolos de fabricação e segurança e conhecimento sobre os possíveis efeitos colaterais.
Redação Vida & Tal
Fonte: Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).