Durante o mês de março a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aborda a incontinência urinária, um problema caracterizado pela perda involuntária de urina. Essa incontinência pode ser de esforço ou por uma hiperatividade da bexiga. O problema costuma ter picos na menopausa e após os 75 anos.
O simples fato de espirrar, tossir, correr, rir, pular ou levantar peso pode intensificar o distúrbio. Na mulher adulta, a incontinência urinária de esforço é a principal. Alguns fatores de risco que aumentam a pressão abdominal e resultam na incontinência são: tosse crônica, obesidade, gravidez, cirurgias pélvicas, que resultam em enfraquecimento do esfíncter, que é um músculo que segura a urina e também do assoalho pélvico.
De acordo com dados da SBU cerca de 45% das mulheres acima de 40 anos perdem urina de maneira involuntária.
“Muito além dos danos físicos, a incontinência urinária pode trazer sérios problemas psicológicos, afetando seriamente a autoestima e a qualidade de vida, por isso é importantíssimo investigar a causa e tratar da maneira correta”, explica o coordenador da Urologia Feminina da SBU Seccional Rio de Janeiro, José Alexandre Araújo.
Urologista também é médico de mulher
De acordo com o médico José Alexandre Araújo, especialista em Urologia Feminina, na mulher a incontinência urinária muitas vezes é entendida como um problema de envelhecimento e, por desinformação, muitas não recorrem aos profissionais da área. Só que ela acomete um número bastante elevado de mulheres em sua fase produtiva. Cerca de 30% da população feminina terá incontinência urinária depois dos 60 anos.
“A qualidade de vida e a autoestima das pacientes é altamente afetada, podendo, inclusive, levar à depressão”, alerta o médico que há seis anos tem se dedicado na divulgação sobre a importância da especialidade médica para a saúde da mulher. Além da participação em congressos na área, junto a Sociedade de Ginecologia do Rio de Janeiro, José Alexandre realizou a Jornada Carioca de Urologia Feminina, entre outras ações.
“Normalmente urologista prefere atender homens. Mas meu ambulatório no Hospital Federal do Andaraí, por exemplo, é só de urologia feminina. Gosto de atendê-las. Muitas já passaram por vários médicos e não conseguiram melhorar a qualidade de vida. Em geral temos bom resultado. Trabalho com Urologia feminina há seis anos”, afirma o especialista, um dos fundadores do Centro Urológico Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro.
Para ajudar a entender melhor sobre o assunto, José Alexandre falou com exclusividade para o Vida & Tal, sobre os principais problemas que podem afetar o sistema urinário feminino, causas, sintomas e tratamentos.
Redação Vida & Tal