No Dia Internacional da Mulher, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) faz um alerta importante à saúde feminina: as mulheres têm mais chances de desenvolverem osteoporose ‒ uma doença que diminui a densidade dos ossos, tornando-os mais frágeis e porosos e, por isso, ampliando o risco de fraturas.
Embora se manifeste em ambos os sexos, é entre a população feminina que a doença surge de maneira mais precoce.
“A queda hormonal abrupta no período da menopausa é o principal fator responsável por essa maior incidência entre as mulheres”, destaca o médico geriatra da Área de Medicina Interna do INTO, Rodrigo Buksman.
Isso acontece porque, segundo o médico, são esses hormônios que modulam o funcionamento das células do osso.
“O estrogênio age inibindo a reabsorção óssea, mas, durante a menopausa, seus níveis despencam, acelerando o processo de perda da densidade mineral”, explica Buksman.
Apesar de ser uma doença ligada ao envelhecimento, outros fatores de risco – além das deficiências hormonais – favorecem o surgimento da osteoporose, como o tabagismo, o sedentarismo, a falta de cálcio e vitamina D, o histórico familiar, entre outros. Para o médico geriatra, no entanto, um dos maiores perigos é o fato de a osteoporose ser uma doença silenciosa.
“No geral, não existem sintomas e a pessoa só descobre a doença após o surgimento de uma fratura. Eventualmente, em casos mais graves, pode haver dor nas costas devido ao achatamento de vértebras com pequenas fraturas e até diminuição da altura”, salienta Buksman.
A principal forma de identificar a osteoporose é por meio do exame de densitometria óssea. Para as mulheres, a recomendação é que o exame seja feito aos 65 anos, exceto quando há fatores de risco – como a fratura por fragilidade óssea – o que antecipa a idade ideal para 40 anos.
Prevenção e tratamento
Buksman explica que o “pico” de massa óssea é formado entre o final da adolescência e o início da vida adulta. “Durante esse período, quanto maior for o “estoque” constituído, melhor”, orienta o médico. Para isso, ele recomenda uma série de hábitos que podem ajudar na prevenção da doença, como a prática de exercícios físicos, a ingestão de alimentos ricos em cálcio e exposição ao sol de forma moderada.
O especialista destaca ainda que, após o diagnóstico da osteoporose, é possível conviver normalmente com a doença, desde que haja acompanhamento médico adequado.
“Como os nossos ossos estão em constante processo de remodelamento, existem remédios capazes de atuar tanto na inibição da reabsorção quanto na formação de células novas”, conclui o médico.
Redação Vida & Tal