A amiloidose é um grupo de doenças raras, causadas pelo depósito de proteínas insolúveis no corpo que se depositam nos órgãos e tecidos, causando danos. Os chamados “depósitos amiloides”, geram uma fibra nos tecidos, incapaz de ser eliminada pelo organismo. Os sintomas e os órgãos afetados dependem dos diferentes tipos de amiloidose, que se classificam de acordo com a proteína afetada. Existem pelo menos 23 tipos diferentes de proteínas relacionadas à doença.
Segundo a Associação Brasileira de Paramiloidose (ABPAR) o acumulo dessas proteínas pode ocorrer de maneira sistêmica (pelo corpo inteiro) ou de maneira localizada (em um tecido). A cada ano são diagnosticados mais de 3 mil casos de amiloidose nos Estados Unidos e apesar de afetar pessoas acima de 50 anos, também pode ocorrer em pessoas de 30 anos de idade. Entre os fatores de risco estão ainda o fator hereditário, diálise renal, inflamações crônicas a exemplo da artrite e doença de Crohn. Outro fator que pode contribuir para a doença é o Mieloma múltiplo. De acordo com a Pfizer, 10% a 15% das pessoas que já tiveram a doença também desenvolvem amiloidose.
Principais tipos
Amiloidose primária – o distúrbio se inicia na medula óssea e afeta os rins, coração, fígado, trato gastrointestinal e nervos;
Amiloidose secundária – ela surge de inflamações e infecções crônicas, como reumatismo, doença inflamatória intestinal, tuberculose, osteomielite, lúpus e síndrome de febre hereditária, e pode atingir os rins, fígado, intestino e baço;
Amiloidose hereditária – pode ser herdada e atinge principalmente o sistema nervoso e o coração. Os sintomas costumam ocorrer da meia idade à velhice;
Amiloidose relacionada à idade – é adquirida na velhice, devido ao dobramento irregular das proteínas e causa problemas cardíacos;
Amiloidose ALECT2 – é derivada de proteínas dos glóbulos brancos e atinge os rins e fígado;
Amiloidose relacionada à diálise – é frequente em pacientes que sofrem de insuficiência renal e fizeram diálise por muito tempo. Uma das proteínas se acumula no sangue pois não consegue atravessar o filtro da diálise e, como resultado, atinge as articulações e tendões, causando dor e rigidez.
Amiloidose localizada – acontece em tecidos isolados, sem indícios de doença. Atinge principalmente a bexiga e vias respiratórias.
Sintomas
Em geral, o diagnóstico da doença é difícil, pois os sinais e sintomas são vagos e levantam suspeitas de diversos problemas de saúde. Ao descartar outras doenças, a suspeita da amiloidose pode ser confirmada por meio de uma biópsia de células de gordura abdominal. Os principais sinais são:
Perda de peso;
Fadiga;
Falta de ar;
Inchaço nas pernas e tornozelos;
Tontura ao ficar de pé;
Urina espumosa;
Formigamento nas mãos e pés;
Constipação e diarreia, alternadamente;
Aumento da língua;
Fácil formação de hematomas, principalmente ao redor dos olhos.
Tratamento
Os tratamentos disponíveis dependem dos tipos de amiloidose e dos órgãos afetados, além do quadro clínico, idade e preferência do doente. Em geral, é o processo dividido em duas partes. A primeira é o controle dos sintomas, para promover melhor qualidade de vida do paciente e tempo de sobrevivência, e a segunda é interromper a produção da proteína que gera a doença para melhorar o funcionamento do órgão.
A Pfizer ainda alerta que se não tratada a tempo, a amiloidose pode levar à insuficiência nos órgãos atingidos até à morte. Por isso, ao perceber qualquer sintoma, busque uma consulta com um médico habilitado para o devido tratamento.
Redação Vida & Tal
Fonte: Pfizer/ Associação Brasileira de Paramiloidose (ABPAR).