Considerado um dos principais nomes do bodybuilding – fisiculturismo brasileiro da atualidade, Rafael Brandão, 26, mudou-se recentemente para os Estados Unidos em busca do sonho de se tornar Mr. Olympia, maior premiação internacional da modalidade.
O que ele não esperava é que o país se tornaria o epicentro de uma pandemia mundial que afetaria a rotina da população inteira. Apesar disso, o atleta, que faz parte do time da Darkness, marca de suplementos nutricionais do Grupo Integralmédica, demonstrou otimismo ao falar sobre o momento e já garante presença no Arnold Classic Brasil, em São Paulo entre 2 e 4 de outubro de 2020.
“É uma situação muito difícil, afeta a todos independente de classe social, cor ou gênero. Mas como eu costumo falar os ensinamentos que o bodybuilding promove são para a vida, então, a gente aprende a lidar melhor com essas adversidades também. Tenho certeza que isso tudo vai passar logo e sairemos mais fortes”, afirma Rafael.
Confira a entrevista com o atleta:
Você se mudou recentemente para o EUA e teve que lidar com essa situação toda envolvendo o coronavírus. Como está sendo essa quarentena ai?
É uma situação bem difícil, que afeta a todos independente de classe social, cor ou gênero. Estamos todos no mesmo barco. Mas eu acho que nada é por acaso, esse momento vai nos trazer muitos aprendizados e vamos sair ainda melhor disso tudo.
E os treinos?
A gente precisa se manter focado no objetivo. É um momento difícil, mas é nessas horas que precisamos nos superar mais do que nunca. Minha rotina é toda planejada, não posso perder 1 minuto do meu dia fazendo algo que esteja fora do meu planejamento. No nível profissional do fisiculturismo você precisa se doar integralmente e estar disposto a abrir mão de muita coisa pra chegar nos objetivos.
E como fica a alimentação?
Não muda muita coisa. Estamos acostumados a uma alimentação bem regulada, com toda a suplementação necessária e acompanhamento profissional. Aproveito para agradecer a Darkness e a Integralmédica pela parceria, com eles tenho todo o suporte de suplementos que fazem com que eu consiga elevar meu nível de treinamento ao máximo.
Como começou no esporte?
Comecei a treinar aos 14 anos, eu era muito magro e sempre fui zoado por ser o mais magrelo. Até que decidi entrar na academia para ganhar um pouco de massa muscular e foi amor à primeira vista. Senti a endorfina sendo liberada e me apaixonei. Desde então nunca mais parei.
E quando começou a pensar em competir, viver do fisiculturismo?
Conheci o fisiculturismo aos 19 anos, quando o esporte começou a aparecer mais na internet no Brasil. Nessa época, fui assistir minha primeira competição e fiquei encantado. Naquele mesmo dia já decidi que eu queria competir em alto nível.
Qual é o seu grande objetivo no esporte?
Meu grande sonho é me tornar Mr. Olympia, que é a maior competição da modalidade. Acredito que estou no caminho certo, é um processo que leva tempo. O fisiculturismo demanda uma maturidade muscular que a gente só atinge por volta dos 30 anos. Estou com 26, então ainda estou chegando no meu auge. Trabalho muito pra isso e sei que vou chegar lá. O fisiculturismo ainda encontra muitas barreiras por conta de preconceitos e estereótipos.
Qual recado você daria a essas pessoas que são contra?
Essas pessoas precisam abrir a mente, ver as coisas de outra forma. O bodybuilding faz a pessoa mudar de vida, criar hábitos mais saudáveis, mais responsabilidade, mais autoconfiança, mais disciplina, além de ser capaz de mudar vidas. Antes de me tornar atleta eu era como outros jovens, vivia em balada, bebendo, fumando, gastando dinheiro e energia com coisas que não me agregam em nada. A mudança que o esporte trouxe não foi apenas muscular ou estética, foi de filosofia de vida também. Por isso acho um pré julgamento muito errado. Mas a gente já vem desmistificando isso através da internet, com vídeos explicativos, mostrando a nossa rotina, nossos conceitos.
O que você orgulha de ter conquistado através do esporte?
Os meus grandes sonhos quando comecei sempre foram comprar uma casa para os meus pais e me tornar Mr. Olympia. O primeiro eu já consegui. Vim de uma família humilde, sempre vivemos de aluguel, por isso sempre coloquei como meta conseguir comprar uma casa para eles. E hoje eu já consegui, tudo isso através do esporte.
Para finalizar, qual seu próximo objetivo?
Como eu disse, meu sonho é me tornar Mr. Olympia e para isso acontecer primeiro preciso me qualificar. Conseguindo isso, estou entre os 20 melhores do mundo, o que já é um feito absurdo. Então esse é meu foco no momento.