Causada pelo acúmulo de gordura, água e toxinas nas células, a celulite é a inflamação do tecido celular. Já as estrias são lesões longas, lineares e geralmente paralelas, decorrentes da ruptura das fibras de colágeno e elastina da pele. São diversos os fatores que podem desencadear o surgimento de ambas, porém, o principal fator para o desenvolvimento de estrias é a genética, no qual as mulheres têm maior predisposição.
A dermatologista Rebeka Sobral, integrante do corpo clínico da Áurea Dermatologia Integrada, situada em Salvador, explica que existem outras condições que favorecem o surgimento da celulite e estrias, entre elas, maus hábitos alimentares, etnia, biotipo, distribuição de gordura e peso, flacidez cutânea e sedentarismo, alterações circulatórias, problemas hormonais, má postura e até o estresse.
“Há ainda questões como estiramento da pele durante a gravidez, alteração hormonal na adolescência, uso prolongado e em altas doses de corticosteróides, aumento de peso e crescimento acelerado na puberdade. Em todos os casos, o sexo feminino tem maior predisposição ao desenvolvimento”, completa.
Apesar do fator genético e maior tendência no público feminino, Rebeka Sobral explica que é possível prevenir o surgimento e melhorar o aspecto das estrias e celulites. Entre os principais métodos preventivos destacam-se uma alimentação com proteínas, fibras e vitamina C, ingestão adequada de líquidos, sobretudo, água e a realização regular de exercícios.
No entanto, com a proximidade do verão, a busca por procedimentos estéticos que auxiliam na melhoria do aspecto das já aparentes estrias e celulites é cada vez maior. Quem sofre com esses problemas, no entanto, já pode ter esbarrado em soluções que se mostram ‘milagrosas’, como cremes para a pele, mas que não dão resultados.
Na medicina estética, porém, já existem diversas técnicas rápidas e não invasivas que proporcionam, sim, uma boa resposta e promovem a redução significativa da celulite e estrias. Para saber o melhor tipo de tratamento para cada paciente é necessário passar primeiro pela avaliação de um médico dermatologista, especialista em estética.
Os resultados desses tipos de tratamentos são graduais, ou seja, levam tempo para atingirem seu ápice, porém, são duradouros. Para quem quer aproveitar o verão com um glúteo mais firme e com menos gordura e flacidez, a indicação é que os procedimentos sejam feitos cerca de três meses antes. Além disso, a baixa exposição ao sol também ajuda no pós-tratamento.
“Podemos realizar o tratamento tanto da celulite como da estria durante todo o ano, mas antes da chegada do verão, outono e inverno por exemplo, costumamos usar roupas maiores e mais fechadas, então acaba sendo mais cômodo. Além do mais, ganhamos tempo para a ação dos bioestimuladores injetados no procedimento, como das enzimas, de fazerem efeito, aguardando a resposta cutânea ao estímulo realizado”, destaca a médica.
Rebeka conta que entre os procedimentos queridinhos estão os bioestimuladores de colágeno, que melhoram a qualidade da pele e devolvem a sustentação ao tecido cutâneo; as enzimas injetáveis que tratam a celulite; a intradermoterapia e microagulhamento robótico para as estrias; e a tecnologia com energia térmica e mecânica, que tratam de forma completa a celulite.
Com a evolução tecnológica é possível encontrar diversas técnicas e produtos que entregam resultado de forma segura e eficiente, com melhora significativa da qualidade de pele. Contudo, é preciso ter cuidados específicos após a realização dos procedimentos, a fim de evitar o surgimento de manchas e redução da dor ou desconforto.
“Após a intradermoterapia e enzimas injetáveis, indica-se usar compressas geladas na área tratada, para reduzir a dor e o desconforto, além de diminuir a formação de hematomas. Caso eles se formem, é muito importante ter uma proteção solar adequada, para evitar manchas. Nos demais procedimentos o pós é bem tranquilo”, afirma a dermatologista.
Redação Vida & Tal