A Trombose é a formação de um coágulo no sangue (trombo) que obstrui ou dificulta a circulação de um vaso sanguíneo qualquer. Estima-se que a doença apresente cerca de 180 mil novos casos por ano no Brasil, segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (SBTH). Os trombos, ou coágulos, podem se manifestar de diferentes formas, podendo ser trombose venosa profunda, trombose venosa superficial ou trombose arterial.
De acordo com o médico angiologista, Gilmar Santos, a trombose venosa é o tipo mais comum, podendo afetar uma ou mais veias em qualquer local do corpo, porém é mais comum nas pernas, especialmente nas panturrilhas.
“Apesar de muitas vezes produzir poucos sintomas, a trombose venosa profunda pode evoluir para uma forma grave que pode trazer complicações a curto ou longo prazo. A curto prazo, pode deslocar-se até o pulmão e obstruir as veias pulmonares, uma doença extremamente grave chamada embolia pulmonar e que pode levar até à morte. E a longo prazo, o risco é evoluir para a chamada síndrome pós-flebítica, onde além do inchaço crônico podem surgir também as úlceras venosas crônicas”, afirma.
De acordo com o especialista, nem sempre o paciente que possui trombose venosa profunda apresenta sintomas. Quando isso acontece, é comum que ele sinta: dor; edema na panturrilha ou em todo membro; se o coágulo se solta e vai até o pulmão (embolia pulmonar), o paciente pode apresentar ainda dor no peito e nas costas, tosse com sangue e respiração curta e rápida.
A trombose venosa superficial ocorre mais comumente em pacientes com varizes de grosso calibre ou após a administração intravenosa de medicamentos. Nesses casos costuma apresentar dor, endurecimento e vermelhidão no trajeto da veia, mas nesses com baixo risco de complicações.
Já a trombose arterial ocorre quando um coágulo se forma dentro de uma artéria. As causas e fatores de risco são diferentes da trombose venosa e incluem debates, tabagismo, hipertensão, Hipercolesterolemia (colesterol alto) e doenças vasculares inflamatórias. Ela costuma se apresentar com muitos sintomas, como extremidade fria, dor intensa e palidez, e em geral precisa ser avaliada e tratada com urgência.
Existem algumas opções de tratamento que auxiliam na redução do crescimento do coágulo sanguíneo, impedem que o coágulo sanguíneo se desloque para outras regiões do corpo além de reduzir as chances de recorrência da trombose.
“O tratamento para trombose pode variar de paciente para paciente, de acordo com o tipo específico da doença ou problema que a causou. Já existem medicamentos por via oral que tratam com segurança a maioria dos casos sem necessidade de um internamento. Isso ajuda a diminuir o risco, evita a ocorrência de novos episódios e o aparecimento de sequelas, mas que só devem ser usados mediante prescrição médica depois de criteriosa avaliação.”, pontua.
Redação Vida & Tal