Diferente do que se imagina, a perda de peso não depende apenas de dietas e exercícios físicos. Isso porque, para se emagrecer de forma saudável, também é necessário que os níveis hormonais estejam adequados. Como os hormônios são responsáveis pela velocidade do metabolismo, ou seja, pela quantidade de calorias que gastamos durante o dia, quando há disfunção, emagrecer pode se tornar uma batalha árdua.
De acordo com o endocrinologista que atua na Clínica Elsimar Coutinho, Caio Saraiva, apesar da parte hormonal não ser o principal ponto no emagrecimento, disfunções hormonais podem dificultar e muito esse processo.
“Um homem que tem hipogonadismo, ou seja, níveis de testosterona mais baixos, ganha gordura abdominal e perde massa magra com facilidade. Da mesma forma, a mulher que está na menopausa pode começar a ganhar mais gordura abdominal, perder na região das pernas, e ficar com dificuldade para emagrecer”, aponta.
A testosterona é o hormônio responsável pela regulação da massa muscular, libido e bem-estar. Sua queda é registrada normalmente aos 40 anos na mulher, e vai começando a cair no homem também a partir dessa idade.
“Isso provoca nas mulheres, na quarta década de vida, uma perda ou flacidez muscular, mesmo as que fazem academia, porque fazem os exercícios, mas não ganham massa muscular tão facilmente. Isto ocorre porque estão sofrendo pela queda da produção de testosterona no ovário. O homem também tem uma diminuição da produção de testosterona pelo testículo, o que faz com que ele perca massa muscular e ganhe gordura pela quarta ou quinta década de vida”, ressalta Caio.
Os implantes desse hormônio podem oferecer diversos benefícios, como desenvolver ou fomentar a lipólise, a quebra de gordura, e modelagem do corpo.
“A testosterona é um hormônio que tem ação em várias células e órgãos, mas principalmente, é um hormônio cardiocerebral, imprescindível para o coração, que precisa dela para contrair. Além disso, é essencial para o cérebro funcionar bem. É um coringa, ajuda em muitos aspectos. Mas precisa ser usado com cuidado e avaliado, de acordo com a história de cada paciente, por um médico habilitado”.
Menopausa – A menopausa afeta a qualidade de vida das mulheres, que podem apresentar, além da perda de massa muscular, sintomas como ondas de calor, perda da lubrificação vaginal, diminuição da libido, irritabilidade e insônia.
A terapia de reposição hormonal é uma opção, já que ajuda a reduzir as consequências dessa fase e evita doenças que podem surgir como consequência de seus sintomas.
“É um tratamento cuja dose e o tempo de uso dos hormônios é individualizado. De modo geral, existem três hormônios que podem ser utilizados: estrogênios, progesterona e testosterona, usados isoladamente ou combinados. Isso pode ajudar a mulher em diversos aspectos, inclusive o do emagrecimento”, conclui o endocrinologista.
Redação Vida & Tal
