Um estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), aponta que entre 15% e 35% das mulheres são acometidas pelo melasma no Brasil. Condição responsável por provocar manchas escuras espalhadas pela face e corpo, também chamado “cloasma“, incide principalmente no sexo feminino, tendo como principais causas a exposição solar e alterações hormonais.
Embora o sexo masculino também esteja exposto às manchas na derme, a pesquisa “Melasma in North Indians: a clinical, epidemiological, and etiological study” revela que os homens só detêm 10% dos casos de melasma no mundo. Ainda segundo o levantamento, a faixa etária mais afetada pela condição são jovens e adultos, com idade entre 20 e 39 anos (64%).
O especialista em Biomedicina Estética e revisor da “Revista de Estética Brasileira”, Vinicius Said, explica que a origem do “melasma” se dá por conta de uma hiperpigmentação (escurecimento da pele) emitida por uma célula chamada “melanócito”.
“Para se proteger de fatores externos e internos, a célula (melanócito) produz um pigmento que já estamos acostumados a falar sobre: a melanina. Existe hoje no mercado, alguns procedimentos, como ‘peeling químico’, intradermoterapia, laser que já conseguem minimizar o aspecto dessas manchas”, declara o biomédico.
Segundo Said, não existe cura para o melasma, entretanto, é possível controlar a afecção estética com o uso de “despigmentantes” noturnos e diurnos, somados a um tratamento via oral, sob uso de substâncias antioxidantes e clareadores. Ainda de acordo com o biomédico, procedimentos abrasivos (atrito), radiação ultravioleta (raios UV) sem a devida proteção e fatores hormonais, a exemplo de gravidez e uso de anticoncepcionais, pioram o quadro clínico do melasma na derme.
“Embora o melasma seja uma condição predominantemente estética, sem outras questões de saúde envolvidas, a doença pode ter um sério impacto na autoestima; portanto, a ida a um consultório clínico continua sendo indicada. Use sempre protetores solares, mesmo após o tratamento, para manter a pele protegida dos raios violeta. Mesmo que não haja cura, fiquem tranquilos, que existe sim soluções eficazes para o melasma”, conclui o especialista.
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