As microvarizes são pequenos vasos dilatados, tortuosos, situados abaixo da pele, na gordura dos membros inferiores. Têm dimensões entre 2 e 5 mm, sendo de calibre intermediário entre as varizes e telangiectasias. São, em geral, assintomáticas, porém antiestéticas. Podem se apresentar como lesões únicas ou surgem associadas às varizes e telangiectasias.
Já as telangiectasias são dilatações de capilares, artérias ou veias menores do que 2 mm de calibre, têm disposição linear e sinuosa, podendo formar emaranhados ou ter aspecto aracneiforme (“aranhas vasculares”) ou retiformes (“em forma de rede”). Eventualmente, apresentam-se como dilatações puntiformes.
Não se sabe exatamente porque algumas pessoas têm estas veias dilatadas e outras não. Entretanto, parece que algumas famílias estão predispostas a desenvolver o problema. Outros fatores que podem predispor o aparecimento das microvarizes são: obesidade, traumas, pessoas que permanecem em pé ou sentadas com as pernas cruzadas por períodos prolongados, gravidez e uso de hormônios femininos que contém estrógenos. Acredita-se que o uso de meias elásticas, o controle de peso, exercícios físicos regulares e a suspensão dos hormônios podem ter algum benefício no tratamento das microvarizes.
Como prevenir?
Nem sempre é possível prevenir as microvarizes. O uso de meias elásticas de contenção, manutenção do peso dentro dos limites da normalidade e a prática de exercícios regulares são medidas que podem auxiliar na sua prevenção. Uma dieta rica em fibras e o uso de sapatos de salto baixo também são medidas preventivas. No rosto, o uso de protetor solar também contribui para evitar o problema.
Tratamento
Uma opção de tratamento é a escleroterapia, a injeção de pequena quantidade de substâncias irritantes em microvarizes ou telangiectasias. Para isso, utiliza-se uma agulha fina.
Após o procedimento, o sangue não pode mais penetrar na veia tratada, o que evita a formação de novas telangiectasias no mesmo local. Pode haver necessidade de reaplicação de uma a três novas injeções para o desaparecimento total das lesões. A maioria desaparece após três a oito semanas de tratamento.
Há pouca ocorrência de efeitos colaterais. É importante lembrar a necessidade de fazer sessões repetidas em intervalos variáveis, de acordo com cada paciente. Outra opção terapêutica são os lasers vasculares, tanto para o rosto (melhores resultados) quanto para as pernas (usado mais como complemento à escleroterapia).
Redação Vida & Tal
Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).