Campanha global “Não esqueça a hanseníase” chama a atenção de governos, organizações e da população para a importância de manter as ações de controle da doença durante a pandemia de Covid-19. A iniciativa é liderada pelo embaixador da boa vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS), Yohei Sasakawa e, no Brasil, é conduzida pelo Movimento pela Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). O país ocupa o segundo lugar em prevalência da hanseníase, atrás apenas da Índia.
O diagnóstico de novos casos da doença no Brasil foi reduzido à metade entre 2019 e 2020, segundo dados do Boletim do Ministério da Saúde. Na avaliação do Morhan, essa diminuição do número de diagnósticos é consequência da paralisação de políticas públicas de busca ativa de casos e das dificuldades de acesso aos serviços de saúde impostas pela pandemia. Novos casos deixaram de ser registrados e, assim, pessoas que deveriam estar em tratamento não contaram ainda sequer com o diagnóstico, com risco de desenvolver sequelas físicas irreversíveis.
“A hanseníase tem cura e, uma vez iniciado o tratamento, deixa de ser transmissível. Por isto é fundamental o diagnóstico precoce, inclusive com busca ativa. As equipes de Enfermagem, sobretudo as que atuam na Estratégia de Saúde da Família (ESF), devem estar atentas a possíveis casos”, afirma a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos.
O Cofen aderiu à campanha, que já conta com apoio de diversas entidades, incluindo o Conselho Nacional de Saúde (CNS). Para mais informações e para se inscrever como voluntário/a, contate o Morhan pelo ZapHansen: (21) 97912-0108
Redação Vida & Tal
Fonte: Ascom/ Cofen com informações do Morhan.