Novas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), orientam sobre o uso de corticosteróides e tocolíticos para evitar o nascimento prematuro. As duas intervenções são as mais usadas. A prematuridade é a principal causa de morte em recém-nascidos com menos de 28 dias. Por ano, cerca de 1 milhão de bebês perdem a vida nesses primeiros dias.
A OMS ressalta que os sobreviventes correm o risco de enfrentar várias deficiências. Mas em países com dados confiáveis, as taxas de nascimento prematuro aumentam de forma preocupante.
Os chamados corticosteróides ante natais atravessam a placenta e aumentam a maturação estrutural dos pulmões do feto ainda em desenvolvimento. A situação ajuda a prevenir a taxa de incidência de doença e óbitos associados à respiração em recém-nascidos prematuros.
As novas indicações confirmam haver segurança e eficácia em países de baixa renda e resolvem a questão da falta de provas sobre seu uso em ambientes de poucos recursos. Os anteriores ensaios clínicos em ambientes mais favoráveis deram resultados positivos em recém-nascidos, sob as condições adequadas.
Já em relação às drogas tocolíticas, que inibem as contrações do útero e podem ser usadas para retardar o parto prematuro e prolongar a gravidez, as vantagens são o tempo dado para o desenvolvimento fetal e aplicação de corticosteróides ante natais.
Pouco recurso
O uso pode ajudar a ganhar mais tempo para que as gestantes sejam transferidas para um local de atendimento com mais recursos, em caso de emergências.
A diretora do Departamento da OMS de Saúde e Pesquisa Sexual e Reprodutiva, Doris Chou, disse que as novas diretrizes unem “orientações claras aos profissionais de saúde sobre o manejo do parto prematuro e têm o potencial de melhorar a saúde dos recém-nascidos, mesmo em ambientes com poucos recursos.”
Regras atualizadas
As regras atualizadas em 2022 também indicam o uso da nifedipina para terapia tocolítica aguda e de manutenção. O uso é recomendado para gestantes com alta probabilidade de ter um parto prematuro, sob certas condições.
As recomendações de 2015 não abarcavam mulheres em iminente risco de parto prematuro, pois não havia provas satisfatórias sobre benefícios substanciais.
A OMS disse ter analisado as provas clínicas, o custo-benefício, a viabilidade e os recursos, além de questões como equidade e aceitação da intervenção pelas partes envolvidas, incluindo médicos, mulheres e suas famílias.
Redação Vida & Tal
Fonte: (ONU News).