A artrose é uma das principais causas de prejuízo na qualidade de vida do indivíduo, em especial dos idosos, devido ao processo de desgaste natural das articulações. Os sinais de degeneração progressiva da cartilagem que recobre as extremidades ósseas costumam aparecer a partir dos 65 anos e também podem ser descritas como osteoartrite ou osteoartrose.
A doença que pode evoluir para deformidades e comprometimento da função acomete mãos, coluna, quadris, e principalmente os joelhos. De acordo com Samuel Lopes, médico ortopedista e especialista em cirurgia do joelho, o principal sintoma da artrose é a dor. As crises intensas são fatores limitantes na prática de atividades rotineiras como trabalhar, dirigir, subir escadas, caminhar, entre tantas outras.
A pandemia e o impacto no tratamento da artrose
Segundo especialista, as pessoas que sofrem de artrose, principalmente os idosos, foram os mais prejudicados com a pandemia do Covid-19, uma vez que tiveram que abandonar os tratamentos fundamentais para o controle da dor e melhora da funcionalidade.
“Com o isolamento social, o paciente idoso dentro de casa, ficou mais imóvel, passou a caminhar menos e sem acesso aos espaços de fisioterapia, às clínicas de pilates, e às academias de hidroginástica, eles apresentaram uma piora do quadro. Isso promove o aumento da rigidez sobre a articulação, uma perda de massa muscular, sobrecarregando ainda mais a articulação de uma forma em geral, criando um círculo vicioso de piora da dor”, esclarece Samuel Lopes.
O que fazer?
O médico afirma que principal pilar do tratamento da artrose é composto pelo controle de peso, o fortalecimento muscular, a atividade física orientada, além dos medicamentos analgésicos e do acompanhamento multidisciplinar.
“Uma alternativa é buscar os recursos tecnológicos para que os pacientes voltem a se cuidar. Isso pode ser feito através da telemedicina, da orientação profissional através da internet, dos treinos on-line personalizados, da orientação com fisioterapeutas e professores de pilates, ou seja, todos estes são recursos interessantes, modernos e de fácil acesso para que esses pacientes possam continuar com seus tratamentos, a fim de diminuir o impacto da dor e melhorar a funcionalidade”, finaliza.
Samuel Lopes é Médico, especialista em trauma do esporte. Membro efetivo da sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte. Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Juiz de Fora – MG.
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