O Ministério da Saúde lança projeto focado em promover a retomada segura das atividades hospitalares eletivas. O projeto “Reabilitação Covid-19” dará apoio a cinco hospitais públicos em todo o Brasil na recuperação de pacientes pós-Covid-19. A iniciativa é executada pelo Hospital Sírio-Libanês no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde (Proadi-SUS).
O projeto piloto do “Reabilitação Covid-19” vai visitar inicialmente hospitais públicos em cinco estados brasileiros. São eles: Hospital Geral de Fortaleza (CE), Hospital de Base (DF), Hospital Municipal de Contagem (MG), Hospital Geral de Palmas (TO) e Hospital Geral do Trabalhador (PR).
Serão realizadas três visitas presenciais da equipe do Sírio Libanês para implementação de protocolos e metodologias usando as ferramentas de Lean e Scrum, além de tutorias virtuais para acompanhamento dos indicadores que medirão a reabilitação, com intuito de que o paciente retorne à rotina normal. Esses indicadores demonstrarão, também, a evolução do projeto nos hospitais participantes.
A iniciativa também prevê a doação de diversos equipamentos de reabilitação, como andador de alumínio, exercitador de pernas e braços (mini bike), incentivador respiratório, kit de agilidade com cones e marcadores para treinos de equilíbrio e agilidade motora, válvula de fonação, eletro estimulador muscular entre outros. Esses equipamentos possibilitam a excelência do cuidado ao paciente no âmbito do projeto. A fase piloto começa em novembro de 2021 e terá a duração de 31 dias úteis.
Para o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte, a iniciativa reforça a importância do Proadi-SUS para o SUS. “Esse binômio muito bem aproveitado pelo sistema público e privado dá o alicerce para que o SUS alcance a excelência e promova qualidade de vida para seus usuários”, destaca o secretário.
Além disso, haverá entrega com cartilhas de orientações técnicas voltadas a cada área da equipe multiprofissionas para reabilitação motora, funcional, psicológica, respiratória entre outras. Isso possibilitará a melhora no fator de utilização dos leitos voltados ao atendimento de pacientes com doenças crônicas, a redução do tempo médio de permanência dos pacientes críticos pós-Covid-19, e a capacitação das equipes e protocolo de Alta Segura.
De acordo com Andrezza Serpa, diretora do departamento de gestão de ações estratégicas, a ideia do projeto surgiu a partir da experiência bem-sucedida do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ). “A partir do modelo do Pedro Ernesto, notamos a necessidade da criação de protocolos bem definidos para oferecer aos pacientes após a internação em unidades de terapia intensiva, mais funcionalidade, minimizando sequelas simultaneamente com a capacidade de fazer melhor gestão dos leitos”.
Dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) mostram que a média de permanência de um paciente com Covid-19 na UTI do SUS é de 12 dias, especialmente por estes pacientes já apresentarem mais comorbidades. Eles demoram em média 20 dias para receber alta, mesmo após saírem da UTI.
Sobre o Proadi-SUS
O programa foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde.
Atualmente, o programa reúne cinco hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. O Proadi-SUS é mantido com recursos dos hospitais participantes como contrapartida da imunidade fiscal.
Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do Proadi-SUS, destacam-se: redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil.
Redação Vida & Tal
Com informações do NUCOM SAES
Ministério da Saúde