A doação de medula óssea pode ser essencial para a cura de doenças como leucemia, linfomas e alguns tipos de anemias. Atualmente, o Brasil tem o terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo, segundo o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
São mais de 5,5 milhões de brasileiros cadastrados no banco do REDOME. Roberto Luiz da Silva, hematologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, destaca que a medula óssea utilizada para realização do transplante pode curar diversas doenças além das citadas anteriormente.
“A medula óssea é uma substância gelatinosa presente no interior dos ossos, capaz de produzir as células sanguíneas, glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos. Quando o paciente recebe a medula óssea ou células tronco hematopoéticas, o organismo passa a produzir essas células de forma saudável novamente”, comenta ele.
Para doar, é preciso ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não ser portador de doenças infecciosas ou incapacitantes, câncer, condições hematológicas ou do sistema imunológico. No entanto, algumas condições de saúde não impedem a doação, por isso, é importante que cada caso seja devidamente analisado, segundo a Dra. Maria Cristina, responsável técnica do serviço de transplante de medula óssea da unidade Pompeia da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é preciso acessar o site do REDOME e verificar a unidade de cadastramento mais próxima da sua localização.
Neste local, será realizada a apresentação de um documento chamado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para cadastro no REDOME e será coletada uma amostra de sangue para exame de tipagem HLA (antígeno leucocitário humano). Os resultados ficam cadastrados no REDOME para buscas de compatibilidade com quem necessita de doações a nível nacional e internacional.
Segundo o Dr. Roberto, há necessidade de se incentivar um maior número de doações na região norte e de doadores negros, asiáticos e indígenas, aumentando assim as probabilidades de se encontrar um doador, pois o Brasil possui grande miscigenação.
De acordo com os especialistas é importante que todas as pessoas inscritas no REDOME realizem atualização de seus cadastros facilitando o contato, caso seja encontrado um receptor possível.
Redação Vida & Tal