De acordo com o Ministério da Saúde, quatro em cada dez adultos possuem um elevado índice de colesterol. A condição figura como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), e atingem, aproximadamente, 14 milhões de brasileiros, ocasionando mais de 300 mil mortes por ano.
Para evitar mais índices alarmantes, especialistas chamam atenção para a necessidade da realização, com certa frequência, de exames de sangue para a medição das taxas do mau colesterol no sangue. Para conscientizar a população, a data 8 de agosto foi decretada como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol.
Apesar de poder causar doenças, o colesterol é uma gordura muito importante do organismo, fundamental para constituição das membranas celulares, além da produção de vitaminas, ácidos biliares e hormônios. É possível diferenciar os tipos dessa gordura em: colesterol ruim ou LDL (Low Density Lipoprotein), que costuma se depositar nas paredes das artérias e pode causar entupimento das veias; e o colesterol bom ou HDL (High Density Lipoprotein), que é responsável por transportar de volta para o fígado o colesterol ruim.
Para Rosita Fontes, médica endocrinologista dos Laboratórios Lâmina, Bronstein e Sergio Franco, da rede Dasa, no Rio de Janeiro, é preciso realizar o exame do perfil lipídico para medir o colesterol.
“Uma causa importante que temos para a alta do colesterol, apesar de muita gente não saber, é a genética. E as pessoas já podem ter o colesterol elevado na família e nem sabem disso. Todos nós devemos ter cuidados para que o colesterol se mantenha em níveis satisfatórios em nosso sangue. Isto se dá através da alimentação. Evitando frituras, alimentos embutidos como presunto e salaminho e ingerindo os alimentos in natura, verduras, frutas, legumes. e alimentos integrais”, destaca ela.
Segundo o Dr. Carlos Suaide, do Lavoisier Laboratório e Imagem, cerca de 75% do total de colesterol dosado em nosso corpo é produzido por nós mesmos, enquanto os outros 25% vêm da alimentação.
“Resultados que apresentam alterações acima dos valores recomendado determinam que há risco para a saúde do coração, ainda mais se associados à hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e sedentarismo”, comenta o especialista.
O exame mais utilizado para saber como estão os níveis de colesterol é a dosagem sanguínea de Colesterol Total e Frações. É um exame simples de sangue que, na maioria das vezes, necessita de 12h de jejum e informa a quantidade de Colesterol total, HDL, LDL e VLDL (frações do colesterol). Valores calculados de normalidade variam com o risco cardiovascular individual, levando sempre em consideração o histórico familiar, hábitos de vida e outras doenças associadas que geram esse desequilíbrio no organismo, por exemplo.
Dr Carlos explica que é importante também fazer uma avaliação clínica e, se houver suspeita de outras comorbidades, como diabetes e hipertensão arterial, há um vasto arsenal de exames a serem realizados.
“Entre eles estão a dosagem de açúcar no sangue, para afastar o diabetes; o MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial), na suspeita de hipertensão arterial; e, para avaliação de doença coronariana, o teste ergométrico, ecocardiograma, cintilografia miocárdica e angiotomografia das artérias coronárias são fundamentais”, aponta o especialista.
Redação Vida & Tal