A síndrome afeta duas pessoas em cada 1 milhão no mundo todo, e dos 16 mil portadores da doença, 70% são mulheres. Segundo Guilherme Torezani, neurologista e coordenador de Doenças Cerebrovasculares do Hospital Icaraí, em Niterói, existem alguns subtipos, que envolvem um mecanismo de autoimunidade que afeta um neurotransmissor específico, porém – menos comumente- essa doença pode ser secundária de algum tipo de câncer que o paciente possa ter (como câncer de Mama, de pulmão ou tipos de linfoma).
A doença acomete pessoas entre 20 a 50 anos de idade, e os principais sintomas envolvem rigidez muscular, principalmente no tronco e no abdômen, mas que posteriormente acaba afetando os músculos do corpo todo.
“O que faz com que seja difícil realizar os movimentos e até mesmo a respiração. Os membros ficam muitas vezes enrijecidos. Há ainda espasmos musculares induzidos por sustos ou estímulos sonoros. Ou seja, situações que provocam sobressalto no indivíduo”, explica o médico.
“No caso da Celine Dion, que é cantora, a doença em especial pode ter sido diagnosticada por afetar toda a dinâmica muscular do canto”, explica o médico, lembrando que o tratamento é bem complexo e feito para aliviar os sintomas, pois ainda há poucas opções terapêuticas que proporcionam a melhora dos pacientes com a síndrome.
Podem ser tentados medicamentos como os benzodiazepínicos, que atuam no sistema nervoso central, que é prescrito pelo médico para relaxar os músculos.
“Podem ser feitas também algumas terapias com anticorpos, que são os imunobiológicos e a imunoglobulina humana, que a gente utiliza para alguns quadros refratários”, finaliza.
Redação Vida & Tal