Desde que começaram as campanhas para vacinação contra influenza, a secretária Patrícia Martins se imuniza e orienta a família. A história de que a vacina “causa” gripe ou faz mal nunca a convenceu. “É fake news. Se os especialistas orientam a tomar a vacina, não existe nenhuma razão para confiar em informação de internet que não se sabe de onde veio”, afirma ela. Mãe de um menino de 5 anos, ela está atenta ao calendário vacinal.
“Estou de olho na caderneta dele, especialmente neste momento em que podemos circular mais e ele já está indo ao colégio. Precisamos atentar para isso. Vacina é saúde”, destaca a mãe de Ryan. “É verdade”, apoia a médica Paula Bruna Araújo, Gerente Médica do Laboratório Sérgio Franco, da rede Dasa, que este ano promove a campanha ” A gripe se atualiza, a nossa vacina também”. Para os profissionais, informar é o caminho.
“Disponibilizamos a vacina atualizada da gripe no Sérgio Franco. Essa é uma nova vacina, quadrivalente, que protege contra quatro vírus diferentes da gripe, e já está contemplada no imunizante a cepa H3N2 que gerou o surto de gripe no final do ano passado, além de oferecer cobertura para o H1N1 e mais duas cepas de influenza B. A vacina é segura e a da rede privada oferece uma proteção a mais quando comparada a vacina disponível no SUS que é trivalente. Vale destacar que as pessoas não devem acreditar em fake news. Todas estas vacinas são seguras e não adoecem”, esclarece Paula.
Até março deste ano, um levantamento feito pela Dasa apontou mais de 400 casos de coinfecção por influenza e pelo SARS-CoV 2, da COVID-19. Principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.
“São vírus completamente diferentes, daí a necessidade de se imunizar contra ambos”, destaca a médica. A Semana Mundial de Imunização das Américas é lembrada pela OPAS-OMS de 24 até 30 de abril, o que ajuda a reforçar o chamado à população.
Combatendo as correntes de mentira na web
Um esclarecimento dos especialistas é que as pessoas devem aproveitar a diminuição dos casos de Covid-19 e a ampliação da circulação para buscarem atualização da caderneta vacinal.
“É importante lembrar que a vacina de gripe é para ser realizada anualmente, já que os vírus se modificam. Isso tem uma explicação. Nossa imunidade é perdida de seis a oito meses depois de nos vacinarmos, por isso é necessário o reforço. A vacina é com vírus inativado, então ela não causa gripe, não gera doença. O vírus é morto. O que pode acontecer é que as pessoas tomam o imunizante e pegam em outra circunstância outro vírus qualquer e relacionam erradamente à vacina. A vacina contra gripe não traz a gripe. É mentira”, esclarece Alberto Chebabo, Gerente de Relacionamen to Médico da Dasa.
Alerta para a chegada de tempos mais frescos e ondas de gripe
Segundo Paula Araújo, a chegada de tempos mais frios, também deve ser um alerta para que as pessoas já procurem a imunização. “Devemos nos preocupar em estarmos devidamente imunizados, pois se aproximam os meses mais frios, e o inverno e a época em que há maior incidência de casos de gripe. Muita gente se vacinou fora de época. Na rede privada ela pode ser feita nas unidades e também aplicada em casa, o que facilita a imunização de idosos e pessoas com dificuldades de locomoção”, diz a médica.
Redação Vida & Tal