O ritmo agitado do nosso dia a dia faz com que nem sempre seja possível preparar os alimentos para as refeições diárias. Com isso, muitas pessoas optam por preparar a comida para várias refeições e requentá-las ou aquecê-las para outro dia. Com essa escolha, porém, há alguns prejuízos.
“Congelar as refeições economiza tempo a longo prazo, oferece conveniência nos dias mais corridos que não temos tempo de cozinhar. Porém, as refeições preparadas frescas geralmente têm melhor sabor e textura, porém exige mais tempo e planejamento diário”, afirma a nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Ariane Braz Antonio Cavalcanti Brasil. Segundo ela, ainda há outros problemas relativos à perda de nutrientes e aos riscos à saúde.
Ariane ressalta que em relação ao sabor há alimentos que, se forem reaquecidos, perdem sua textura original, o que pode ficar desagradável ao paladar, como é o caso de risotos e frituras em geral como a batata frita e o bife à milanesa. Esse é o caso especialmente de aquecimentos com o micro-ondas. A profissional destaca as diferenças entre o aquecimento da panela e do micro-ondas.
“Os dois métodos podem ser utilizados de forma segura, desde que sejam seguidas as instruções adequadas para os alimentos e suas embalagens e garantam que sejam aquecidos até a temperatura segura para consumo. A panela é mais demorada, porém permite um aquecimento mais uniforme do alimento já que possibilita você mexer e virar o alimento durante todo o processo.
O micro-ondas é mais rápido permitindo o aquecimento em minutos, porém alguns alimentos podem perder um pouco de textura e ficar uma pouco mais borrachentos, como pães e folhados”, explica.
Segundo a profissional, o ideal é que o aquecimento aconteça de forma rápida e eficiente para evitar que haja mais perdas de nutrientes.
“Alguns nutrientes são naturalmente sensíveis ao calor e podem ser perdidos durante o processo de cozimento ou aquecimento, independentemente do método utilizado. Quanto mais tempo o alimento é exposto ao calor, maior é a perda de nutrientes, principalmente as vitaminas do complexo B e a vitamina C”, detalha, ressaltando que os alimentos requentados não devem ser reaproveitados mais uma vez.
Ariane ainda esclarece que o consumo de alimentos requentados pode representar alguns riscos à saúde, principalmente se não forem manuseados e armazenados corretamente.
“Quando os alimentos são aquecidos e resfriados repetidamente, isso pode favorecer o crescimento de bactérias. E se não atingirem a temperatura adequada de reaquecimento (74°C), as bactérias podem sobreviver e se multiplicar, aumentando o risco de intoxicação alimentar”, reforça.
Entre os exemplos de alimentos em que é preciso tomar mais cuidados com infecções a bactérias estão arroz, ovos, carnes, frutos do mar e molhos a base de leites e massas.
Redação Vida & Tal