De acordo com dados do Center of Disease Control and Prevention (CDC), publicados na revista da USP (Edição 170), 2 milhões de brasileiros são diagnosticados com algum grau de Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TEA é um transtorno que não tem cura, porém a intervenção multidisciplinar precoce focada na estimulação comportamental e educacional pode alterar o prognóstico, melhorando a funcionalidade e qualidade de vida do paciente. Aliado a estas intervenções existe a utilização de medicamentos, e o uso de produtos à base de Cannabis vem sendo cada vez mais difundindo para os pacientes com autismo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar a comercialização de mais três produtos à base de Cannabis que serão disponibilizados nas farmácias. Este passo é importantíssimo para ampliar o tratamento de autistas. O uso de Cannabis medicinal pode diminuir a ansiedade, irritabilidade, insônia e agressividade, por isso pais de crianças com autismo começaram a enxergar o uso de Canabinoides como uma alternativa para aliviar tais sintomas, com menos efeitos colaterais que os tratamentos tradicionais.
Os medicamentos à base de Cannabis são permitidos no Brasil desde 2020 e eles só podem ser adquiridos com prescrição médica. “Vai ser muito importante liberar estas medicações, porque o Canabidiol é muito caro e, quando o remédio vai para a farmácia, abre concorrência e seu consumo é viabilizado. Assim provavelmente vamos conseguir democratizar melhor o uso do medicamento, fazendo com que mais pessoas com TEA tenham acesso a ele”, destaca a neurologista e especialista em tratamento de Transtorno do Espectro Autista Thais Demarco.
Redação Vida & Tal