Caspa é o nome popular para a Dermatite seborreica, que nada mais é do que uma inflamação na pele além da coceira causa principalmente descamação e/ou vermelhidão em algumas áreas do couro cabeludo e orelhas. A doença de caráter crônico, com períodos de melhora e piora dos sintomas, não tem uma causa específica, e pode ter origem genética ou ser desencadeada por agentes externos, como alergias, situações de fadiga ou estresse emocional, baixa ou excesso de temperatura, álcool, medicamentos e excesso de oleosidade.
É importante ressaltar que além do couro cabeludo, a caspa também pode surgir em outras regiões do corpo que apresentam uma grande concentração da oleosidade, a exemplo das sobrancelhas, pálpebras, atrás das orelhas e até lateral do nariz.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), regional Rio de Janeiro, a presença do fungo Pityrosporum ovale também pode provocar a doença. Já a dermatite seborreica em recém-nascidos, conhecida como crosta láctea, é uma condição inofensiva e temporária, na qual aparecem cascas grossas amarelas ou marrons sobre o couro cabeludo da criança. A doença não é contagiosa e não é causada por falta de higiene. Também não é uma alergia e tampouco perigosa.
Possíveis causas
- Banho com água muito quente
- Estresse
- Genética
- Excesso de oleosidade local
- Uso de chapéus
- Acúmulo de cremes e outros produtos no couro cabeludo
- Proliferação de fungos
Principais sintomas
- Oleosidade na pele e no couro cabeludo;
- Escamas brancas que descamam – caspa;
- Escamas amareladas que são oleosas e ardem;
- Coceira, que pode piorar caso a área seja infectada pelo ato de “cutucar” a pele;
leve vermelhidão na área; - Possível perda de cabelo.
Diagnóstico
A SBD ressalta que o diagnóstico é feito clinicamente por um dermatologista que irá se basear na localização das lesões e no relato do paciente. Em alguns casos é necessária a realização de alguns exames clínicos, como o micológico, a biópsia e o teste de contato.
Tratamentos
Por ser uma doença crônica, a caspa não tem cura. Mas é possível tratá-la e controlar o quadro, prevenindo o agravamento da inflamação e o surgimento das cascas que se espalham pelos fios. Segundo a SBD, o tratamento precoce das crises é importante e pode envolver as seguintes medidas:
- Lavagens mais frequentes;
- Interrupção do uso de sprays, pomadas e géis para o cabelo;
- Fazer uso de cremes/pomadas também com antifúngicos e, eventualmente, com corticosteroide, dentre outros especificados pelo dermatologista;
- Lavar o cabelo com água morna ou fria;
- Usar xampus que controlem a oleosidade;
- Aplicar condicionador somente nas pontas;
- Evitar o uso frequente de chapéus e bonés;
- Evitar situações de estresse e ansiedade.
Prevenção
A Sociedade Brasileira de Dermatologia afirma que não existe uma forma de prevenir o desenvolvimento ou o reaparecimento da dermatite seborreica. Entretanto, cuidados especiais com a higiene e o uso de xampu adequado ao tipo de cabelo tornam o tratamento mais fácil.
“É necessário seguir o tratamento correto, o que irá depender da localização das lesões e da intensidade dos sintomas, bem como alterar alguns hábitos e eliminar os fatores reguladores, como má alimentação, tabagismo e consumo de bebida alcoólica”, destaca.
Além disso, alguns cuidados podem ajudar na melhora dos sintomas, como não tomar banhos muito quentes; enxugar-se bem antes de se vestir; usar roupas que não retenham o suor (tecidos sintéticos costumam ser contraindicados para quem tem tendência à dermatite seborreica); controlar o estresse físico e mental e a ansiedade; retirar completamente o xampu e o condicionador dos cabelos quando lavar a cabeça.